30.9.03

O meu Sonho .16

O meu sonho era ter fibralmialgia na embaixada portuguesa em Londres.

O meu Sonho .15

O meu sonho é saber a distância exacta entre qualquer ponto de Lisboa e qualquer ponto de Nossa Senhora da Graça de Póvoa e Meadas.

O meu Sonho .14

O meu sonho é acabar com a fome no Mundo.

Have a nice trip!

O (ou a) Safara é o (ou a) mais fulminante guia de viagens do blogoverso. São dele (ou dela) algumas das mais inestimáveis regras a seguir em qualquer «trip», como sejam:

«in your trips remember where you are.»

«in your trips if you decide to go to two places you go to none of them. always choose rabbits one by one to catch. places one by one to see.»

«in your trips you can play football but remember everything round is not ball.»

«its nice to walk on your legs and look into stores around you in trips but let them rest also.»

Tem blog que é uma trip...

O kitschlog

E o prémio de belóguer mais kitsch do blogoverso vai para este - pela alegria colorida, pela coerencia fotográfica e, sobretudo, pela linguagem acessível, factual e sem rodeios.

Atente-se no exemplo: «Sayang sekali ga bisa di capture moment2 lucu yang terjadi... seperti Hye Sung berusaha mau cabut pedang di game yang namanya Excalibur ... sampe terengah2 geto...»

Há blog que é bom!

Afume-se-lhe!

No seguimento dos vários avisos propostos pelos The Galarzas (após a europeia decisão de selar os maços de tabaco com os subtis avisos de que «Fumar mata»), as associações videográficas francesas vieram dar-nos conhecimento da sua decisão de seguir a nossa sugestão, selando as novas edições com avisos semelhantes.

Simpáticos, os senhores até nos mandaram o exemplo que se segue...


Luzes, Câmara, Acção!

Depois da Televisão em Movimento (que Ediberto Lima, João Baião e a SIC inventaram aqui há atrasado), o senhor nosso primeiro Zé Manel inventou esta manhã, perante as luzes do túnel da nova A10 e das câmaras da SIC (sempre a SIC), o «Governo em Acção»!

Deste novo modelo de GovernAcção (que, apesar de só hoje anunciado, acreditamos estar já em prática há algum tempo) esperam-se agora quentes e boas.

Sem clube, mas com orgulho


Grande saravá para o Pacheco, e para ele o prémio Galarza de Aljusbarrota, destinado a todos os que se ocupam em manter viva a birra lusa contra madrilenos, castelhanos da mancha e de leão e demais províncias com cabeça baixa. Foi dura a tarefa mas cumprida: Maiorca já nada ganha. Queirós, estamos a ver-te, pá.

Na continuação do post «mais uma ferramenta» infra-aposto

Os The Galarzas, representados por sensivelmente 1/5 do grupo poético-musico-surreal, após demorada e apurada deliberadela, decidiram, por consenso e unanimidade, atribuir o grau de Excelso Óptimo Galarza a toda e qualquer pessoa que alguma vez tenha ouvido, lido, ou visto os americanos Ferramenta, ou ouvido falar deles, ou ainda conhecer alguém que remotamente tenha tido qualquer dos atrás mencionados contactos com a agremiação musical norte-americana.

Tal graduação era já devida há algum tempo, pois a fama e reconhecimento de que goza o afamado grupo por este blog ultrapassa já em exposição o não menos célebre Andrés Calamaro.

«mais uma posta Ferramenta»

Por Deliberação Geral em Reunião Magna dos The Galarzas - na qual estiveram presentes, esta manhã, na Avenida Guerra Junqueiro (ou não), vários The Galarzas, nomeadamente eu - os The Galarzas presentes decidiram, por unanimidade, oferecer a Terceiro Galarza esta simpática Caixa de Ferramentas:


Depois de tanta politica, e correndo o risco de ser acusado de ser de extrema-central, aqui vos deixo mais uma posta Ferramenta!

Calor familiar e avassalador
Este, nesta forma que seguro.
Abraçando-te, esta realidade,
Esta, esta forma que agora seguro, de
Olhos tão abertos e cheios de esperança.
Olhos tão abertos e selvaticamente esperançados.

Mal lembramos o que veio antes deste precioso momento,
Escolhendo estar aqui e agora. Espera, fica aí...
Este corpo que me segura, recordando-me que não estou só
Neste corpo que me faz sentir eterno. Toda a dor é uma ilusão.

Mal lembramos quem ou o que veio antes deste precioso momento,
Escolhemos estar aqui e agora. Espera, fica aí...
Esta realidade sagrada, esta experiência sagrada. Escolhendo estar aqui

Neste corpo. Este corpo que me segura. Lembra-me que aqui não estou só
Neste corpo, este corpo que me segura, o sentimento eterno que a dor é uma ilusão.

Vivo

Esta realidade sagrada, esta experiência sagrada. Escolhendo estar

Neste corpo. Este corpo que me segura. Lembra-me que não estou só
Neste corpo, este corpo que me segura, o sentimento eterno que a dor é uma ilusão...
O que significa estar vivo

Rodopiando nesta parábola familiar.
Rodando, tecendo cada nova experiência.
Reconhecendo-o como uma dádiva sagrada e celebrando esta
Chance para viver e respirar
Chance para viver e respirar.

Este corpo que me segura lembra-me a minha mortalidade.
Abraça este momento. Lembra-te. Somos eternos.
Toda a dor é uma ilusão.

29.9.03

Já não bastava a morte, agora insultam-nos

O dele...

O do Pipi vai lançar um livro - ou seja, vai lançar o belógue em livro. Pelas semelhanças que abaixo notamos, os The Galarzas relançam a dúvida: será Pipi o PP?

Dúvida sobre as postas anteriores

Pois sim, o PP. Mas, o que é?

Ainda o concerto do PP

Além da análise do repórter Pedro Cruz, da SIC (vide posta anterior abaixo), o DN recorda hoje mais dois curiosos fait-divers do concerto do PP deste fim-de-semana.

Fait-divers Um: prende-se com a proposta de Rosado Fernandes - «Se houvesse um candidato à Presidência da República que fosse psiquiatra, eu votava nele. Este país está louco!» - ao que o jornalista Pedro Correia (do DN) afiança que o congressista tenha lançado implicitamente a candidatura de Daniel Sampaio. Termina esse jornalista a sua prosa com a questão a que damos eco: «O País também estaria louco há 18 meses, quando elegeu este governo?».

Duvidamos nós: isso era uma pergunta de retórica, não era?

Fait-divers Dois: tem a ver com a esclarecida diatribe de Telmo Correia - «Fariam muito melhor se fossem chatear a cabeça ao Fidel ou se fossem falar com o Kim Il Sung!» - a quem o mesmo jornalista lembra que o senhor Il Sung já morreu. Mas, esclarecemos nós, o Telmito sabia isso. Tradução: ele estava era a querer dizer para irem chatear o morto...

Os The Galarzas - que mais uma vez lembram não ter cor política nem clubística - devolvem pois o cumprimento.

Tem olho que é cego

O Eduardo II (o Cintra Torres, que o I é o Prado Coelho) veio hoje a Público revelar a verdade escondida dos telejornais da nossa praça.

É tão bonito, sagaz e incisivo o Olho Vivo do ECT, que não vê telejornais, antes os analisa fria e causticamente. Há muito que os The Galarzas não viam uma análise assim.

O mesmo podemos dizer da que o jornalista Pedro Cruz, da SIC, fez ontem sobre o grande evento do fim-de-semana: o concerto dos Rolling Stones... perdão, o Congresso do Paulo Portas... perdão, do Partido Popular...

Disse o rapaz (segundo o DN): «O congresso não falou de coisa nenhuma, não decidiu coisa nenhuma, nada ficou decidido, nada foi discutido em profundidade, foi tudo remetido para conselhos nacionais e comissões políticas. Estivemos todos aqui a ouvir discursos de elogio a Paulo Portas. Decisões concretas, praticamente nenhuma.»

Ah, que grande concerto que deve ter sido!

Factos pouco conhecidos da história universal .2

D. Sebastião e Sebastião - Dir-se-à que o primeiro despoletou o reino depois de uma batalha, no areal africano. A verdade é que saindo de mansinho das duras penas, foi ter a uma estalagem onde mouros e bretões conviviam pacificamente com um bardo lusitano, José Barata, que acabou por compor uma canção a D. Sebastião, sátira à sua vida bisexual, titulada como «Sebastião come tudo, tudo, tudo».

O meu Sonho .11

O meu sonho era húmido mas impermeável.

Carlos S. sabe copiar

O leitor Carlos S., já aqui referido, enviou para a nossa posta mais um pedaço de texto, que reproduzimos com algum pudor. Prova-se, no entanto, que este nosso leitor sabe copiar, segundo diz. Ei-lo:

«O douro tem a casa penhorada. pobre casa. pobre douro. um brinde de moscatel - também se aceita um madeira - ao pobre do vinho do porto: "o rei está morto, viva o rei!"

mais um pouco de tom waits:

boney's high on china white, shorty found a punk,
don't you know there ain't
no devil, there's just god when he's drunk,
well this stuff will probably kill
you, let's do another line,
what you say you meet me down
on heartattack and vine.

abraços,

Carlos S.»

Mil perdões aos leitores de The Galarzas, mas ainda esperamos pela cunha deste senhor.

Ti-lho

Longa vida, que entre outras coisas se lhe amordacem as mágoas e não nos apadeçamos dos que lhe querem mal.

Já para os que lhe querem bem, um chouricinho assado, um garrafão de totil, e um caldinho verde.

A questão «La Redoute»

Antes de mais, um saravá ao Til, que agora se junta a nós, só ele sabe porquê agora e porquê.

Sobre a questão levantada por um irmão cardinal, mas que afecta a todos os casados, soldados, unidos à força ou ainda, por e simplesmente, que vivam a sós com outra mulher, esse terrível erro chamado arrumação, deixo-vos aqui um poema de Eustáquio Pinho, datado de 1968, escrito em Praga.

de Eustáquio Pinho
Onde está?

Viste o meu jornal?
Onde está a revista?
Enches-me o bornal
De conteúdo moralista!

Recuso a ditadura
Da reles arrumação!
Hei-de trazer o «Pasquim»
Na prateleira do coração

E se julgas que acumulo
Por ser ébrio ou lento,
Sabe que quando procuro
Logo encontro, nunca m'assento

Ao contrário de ti,
Mulher-Villeda, Mulher-Clarim!
Liberta-te do preconceito,
E desarruma-te a mim

28.9.03

O lixo no lixo?

Porque carga de água é que as mulheres têm esta constante necessidade de estar sempre a arrumar tudo? Como se a nossa organizada desarrumação não tivesse uma razão de ser. Como se as minhas pilhas de revistas folheadas e livros por ler e jornais de há atrasado não tivessem um objectivo - quanto mais não seja o de simplesmente nos lembrarem aquilo que já lemos, aquilo que ainda não lemos... no fundo, aquilo que sabemos e aquilo que ainda nos falta saber, aprender, conhecer.

Porque é que elas têm sempre que ter tudo tão limpinho, arrumadinho, organizadinho? Porque é que elas têm que deitar fora as nossas Empire de Novembro de 2001 só porque têm quase dois anos? Como se o conhecimento dos factos banais e inúteis do cinema tivessem data!

E porque é que aquela Visão de há três meses é lixo? Só porque eu digo que a quero guardar por qualquer razão tão obscura que já nem eu me lembro?

Mas porque é que elas têm sempre de arrumar tudo? Não pode um gajo ficar descansado com o seu «lixo» arrumado num canto, a ver crescer as pilhas de livros e BDs e comics e revistas de cinema inglesas e revistas de gajas americanas e revistas de homem portuguesas e revistas de internet espanholas e pensar que, um dia, quando precisar de uma informação, por mais pequena, inútil e ridícula que seja, está ali, ao alcance de uma mão? «Eu sei que tenho aquela pôrra! Eu li aquilo em algum lado. Se ao menos soubesse onde...»

Ah... mas os catálogos da La Redoute - esses ficam!

Aleluia, aleluia! Aleluia, mê 'rmão!

É com todo o magnífico prazer das nossas rótulas e com toda a mais abismada honra e estupidificada alegria que os The Galarzas dão a esta hora três gritos de «Aleluia!» pela chegada a este porto do nosso mais grato Mestre Til Krassman.

Que sobre ele - e sobre nós, também - recaiam as maiores alegrias e os mais profundos sentimentos. Mas, como diria Astérix, que não nos caia o céu sobre as nossas cabeças...

Aceitam-se sugestões, que sujas estões.

Lição dominical

«Porque nem todas as coisas verdadeiras são verdade... [e] nem todas as coisas verdadeiras são para ser ditas a todos os homens.»
- Bispo Clemente de Alexandria

Ora quer-me me a mim parecer que não é só no futebol que isto se pratica...

E atirada a posta de pescada, vejamos quatro belos e iluminados pontos:

1. As pessoas são crianças crescidas, que devem ser libertadas da tutelagem de principes e regentes;
2. O Nacionalismo é um grilhão;
3. O Patriotismo é um estorvo na solidariedade da Humanidade;
4. A Iluminação Universal deixa supérfluos qualquer governante ou nação.

Para finalizar, Adam Weishaupt.

A ressaca

O problema da ressaca ao longo da idade:

10 anos: Sabe-se lá
20 anos: Faz-se por isso
30 anos: Nega-se a dor
40 anos: Nega-se a idade
50 anos: Ou solitária ou com a amante (ver aos 40, caso a segunda hipótese)
60 anos: Sem fígado
70 anos: Só uma pinguinha
80 anos: Que se lixe
90 anos: Afinal, não havia perigo
100 anos: Cheio, por favor

Posição perante a pirataria

Muito se fala na pirataria, na cópia de CDs e DVDs, nas fotocópias de livros (bem, destes não se fala tanto, porque já ninguém lê e os que se vendem bem podem reciclar-se).

A posição oficial dos The Galarzas perante a pirataria é a seguinte:

Assim que os meios de cópia, reprodução, transposição ou similares de obra artistica sejam tornados ilegais, os The Galarzas considerarão imediatamente o acto como de copiar coisa alheia como pirataria.

Enquanto tal não acontecer, a prática não passa de um acto de corsário. Ora, os corsários, como bem sabemos, eram apoiados pelo Estado.

É pois nossa posição que não deveremos por em causa o Estado. Nem contrariá-lo, custe a quem custar.

O meu Sonho .9

O meu sonho era ser enxada e acertar em cheio em quem nunca lavrou.

27.9.03

Trifene

Dói-me a cabeça. Não sei se é do peso dela se é do peso do mundo. Mas dói-me a cabeça, pôrra.

Poema de Annaes do Reino (poesia sanitaria, parte II)

Tabella a que se refere o decreto d'esta data

1 Director: 800$00
1 Engenheiro-adjunto: 460$00
1 Medico-adjunto: 500$00
1 Administrador: 360$00
1 Machinista: 360$00
1 Chefe de desinfectadores: 300$00
2 Desinfectadores, a 180$00 réis: 360$00
2 Serventes, a 150$00 réis: 300$00
2 Fieis de artigos, a 144$00 réis: 288$00
1 Ajudante de machinista: 216$00
2 Cocheiros, a 216$00 réis: 432$00
1 Tratador: 144$00
1 Costureira: 90$00

(Paço, em 12 de Abril de 1894)

Annaes de Saude Publica do Reino foi um dos mais brilhantes poetas portugueses, embora só recentemente a nação, via The Galarzas, tenha descoberto a sua verdadeira aura poética. Este poema - inicialmente escrito sobre a forma de uma tabela - pode ser encontrado na sua antologia «Legislaçao Sanitaria», editada em 1901.

26.9.03

Ironia brasileira

«Ironia do destino é quando um jardineiro tem um filho florzinha e uma filha trepadeira

Top Kitsch

O 25º canal por cabo - o franco-musical MCM - tem por esta hora no ar o programa «Top Kitsch», por onde passaram nos últimos minutos génios deste género como Village People, Buzy, Chanteurs Sans Frontiers, Images ou o inaturável David Hasslehoff.

Os The Galarzas anunciam pois que estão já a aprofundar a feitura de um primeiro teledisco, para imediata transmissão neste fabuloso programa da televisão.

Até vêr.

Poesia Sanitária

Depois de mais uma noite de galárzica tertúlia, os The Galarzas (que contaram com uma convidada do primeiro-esquerdo) decidiram atribuir o título de The Bíblia Galarza ao épico «Legislação Sanitaria», editado em 1901 e que compila a obra do poeta Annaes de Saude Publica do Reino, escrita entre 1879 e 1899 mas só recentemente reconhecida.

São deste magnífico escriba poemas tão vívidos e luxuriantes como o mórbido «Quadro das doenças que podem ser causa de morte», o ébrio «Disposições especiais relativas a vinhos» ou o cáustico (e tão politicamente incorrecto) «Tabella a que se refere o decreto d'esta data».

Para memória futura, e para reconhecimento público da importância de tão virtuosa figura, há que devolver o seu a seu dono: é de Annaes do Reino a hoje tão banal sentença «depois de operação».

Só para que se saiba!

Pó-de-escrito: de imediato, os The Galarzas passarão à transcrição, neste mesmo belóguer, de alguns dos mais luminosos poemas de Annaes do Reino. Atentem, pois.

Poema de Mestre Til Krassman (sobre poesia tradicional de domínio público)

Composição

Edulcorante
de mesa

à base
de ciclamato
sónico

e sacarina
sádica

Poema de Dr. Bruce Fogle

Sintomas Nasais

Tem perda de sangue das duas narinas?
Sim?
Possível trauma,
envenenamento por veneno de ratos
ou distúrbio imunitário.
Vá já ao veterinário.

Tem perda de sangue das duas narinas?
Não?
Tem perda de sangue apenas de uma narina?
Sim?
Possível trauma,
tumor,
infecção
ou corpo estranho.
Aplique uma compressa fria.
Vá ao veterinário
em vinte e quatro horas.

Tem perda de sangue apenas de uma narina?
Não?
Espirra, rosna ou bate com as patas no nariz?
Sim?
Possível corpo estranho
ou alergia.
Vá ao veterinário
ainda hoje.

Espirra, rosna ou bate com as patas no nariz?
Não?
Tem exsudação nasal?
Sim?
Está letárgico?
Sim?
Possível doença sistémica
(doença que afecta
o corpo todo).
Vá ao veterinário
ainda hoje.

Tem exsudação nasal?
Sim?
Está letárgico?
Não?
Possível infecção,
corpo estranho
ou tumor.
Vá ao veterinário
em vinte e quatro horas.

Tem exsudação nasal?
Não?

(poema incluído na obra «O Meu Cão» - obra máxima do médico e poeta Dr. Bruce Fogle - e lido por Cesto Galarza em mais uma noite de galárzica tertúlia)

No seguimento da posta anterior...

... lembramos que o xadrez também não é solução, e muito menos é divertido.

25.9.03

No seguimento da posta anterior...

...lembramos que a violência não é solução. Mas pode ser divertida!

«Se já anda não quero, ó Dona Maria!»

Aqui há atrasado um dos The Galarzas teve uma interessante conversa com um camarada de trabalho sobre o sempre popular e atractivo tema da pedofilia.

Perguntava esse companheiro ao The Galarza de serviço se a Pedofilia era um desvio sexual assim tão extremo e condenável, ao que lhe responde o distinto:

«Ná, se fosse não havia tanta gente a praticá-la.»

Cubiculos (sem acentos e acabou conversa)

Em Cuba (a outra, que a nossa ainda lá deve estar descansadinha; pelo menos, da última vez que olhei para o mapa não se tinha mexido um centimetro - sem acentos e acabou conversa; os acentos ocupam tempo a escrever que pode ser utilizado noutras coisas, como beber café - com acento) a saúde é de borla e a escolarização (neologismo? paralelismo? antagonismo) é de 90%.

Cá (cá, Portugal, entenda-se) fazem-se cortes orçamentais.

De esquerda?

Erm... Os The Galarzas não têm qualquer cor clubistica. Sem acentos e acabou conversa.

Ponham lá um tabágico aviso garrafal neste

TABACARIA
Fernando Pessoa
(15-1-1928)


Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa,
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?

Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!

Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.

(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folhas de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)

Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, sem rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.

(Tu, que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -,
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)

Vivi, estudei, amei, e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente.

Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-te como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo, Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.

Mas o dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o desconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, e eu deixarei versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, e os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.

Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.

Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.

Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.

(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o: é o Esteves sem metafísica.
(O dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o dono da Tabacaria sorriu.

O sufoco


Entre as guerras. Uma funerária. Os skins e uma casa de meninas.
O Obelisco Negro (ed. portuguesa na Livros do Brasil, col. Dois Mundos)



Hitler ganhou, o mundo é dividido entre Nazis, Japoneses e Italianos. Estamos nos anos 70. E agora? Do autor de "Blade Runner".
O Homem do Castelo Alto (ed. portuguesa na Livros do Brasil, col. Argonauta, dois volumes)

Tabacaria

Como aqui foi já deveras sublinhado, anda o Estado a escrever imbecilidades garrafais nos maços de tabaco. Além de terem dado cabo do camelo e de inutilizarem os maços de Ventil e Filtro, continuam os púdicos anti-tabagistas a tramar a malta. The Galarzas propõem que:

- Ponham lá os mesmos anúncios nas caixas de Cohiba ou Montecristo, a ver o que vos acontece.

- Tenham lá coragem de deixar cair o imposto sobre o tabaco.

- Quantos tugas ou turras foram operados por médicos a fumar, ali mesmo nos hospitais (?!) de campanha? Morreu algum médico durante as operações? Ninguém se lembra, ao menos, do M.A.S.H.?

- Espetem o aviso imbecil nos carros de Fórmula 1.

- Ponham lá no rótulo da Sagres e da Super Bock que o álcool é capaz de dar cabo de um tipo, assim naquele estilo patético e tablóide.

- Patrocinem as lápides dos que morrem por causa da beata, com a inserção da frase: «Nós avisámos».

- E, finalmente, que se deixem de merdas e voltem a por o camelo nos maços e não em cargos da União Europeia.

Perdõem os nossos poucos leitores a linguagem algo irritada, mas que o ar anda a ficar pré Segunda Guerra Mundial, lá isso anda. É dar uma vista de olhos em Remarque.

24.9.03

Borda D'água, século XXI

Este mês colhem-se os tomates, faz-se a vindima, tomam-se anti-depressivos para curar a moinha de ter voltado ao trabalho, gastam-se 200 contos em material escolar e estão prontos os diospiros e os figos tardios. As maçãs de esmolfe estão bem, os sectores departamentais começam os orçamentos e é preciso começar a preparar a terra para a lavra. Faça queimadas só em lugar seguros. Mau mês para remodelações.

Provérbio: «Quem foge de Ferro, ou canino ou pedofilino»

Godot

Eu pensava em pequenas coisas
como ler livros em Março

Eu sonhava com pequenas coisas
como deixar a casa
ter um cão
animar-me nos bailes de gala
detestar Duran Duran
e ler Ballester

Eu confessava quase nada
para não baixar defesas
Nada sabia dos poetas árabes

Eu julgava que a cortina de ferro
drapejava
e pensava que essa era como a
dos teatros, que por detrás
havia sonhos, actores,
se o conhecesse, Brecht,
a escrever para o politburo

Eu vivia no mesmo sítio
mas não fumava,
sentia o cheiro das árvores
e, de olhos fechados,
pelo odor,
sabia dizer se era ácido, doce,
reconhecia os perfumes e,
com isso,
insinuava-me no pescoço delas
com um ar altivo e disparava
Trésor, número 5, Don Algodón

Isso era antes de saber de tudo

E era feliz
E Alfama via-se das ruelas
E via a cidade do Eternus 9
Por cima do castelo

E era feliz
Porque me apaixonava sem querer
Porque nunca me pediram contas de nada
Porque era um casulo e eu vivia nele
E lá cabia um mundo

Hoje
Já sei quem é Godot
E espero por ele
No sofá de um analista

23.9.03

Um dia na net

Ora bem.

Depois de larga ausência, à qual sou completamente alheio, eis-me voltado.

Gostaria apenas de deixar aqui um cheirinho do que andei a fazer hoje pela internet:

«Para provar as maravilhas que a Ilha dos Amores coloca à sua disposição, não são necessários mais do que três simples dotes: sensualidade, afoito e idade superior a 18 anos.

Se o digno senhor, ou formosa donzela, cumpre estes requisitos, é com enorme prazer que lhe desejamos uma estadia inesquecível. E que regresse sempre que desejar.»


Verídico.

Retirado de um siter de e-commerce pós-sexual.

Ora pois que me afoitei e espalhafatei siter adentro.

Sou recebido por formosa donzela vitual, e também por um pénis duplo real, oferecendo duplo prazer com rotação e vibração ajustáveis, e por um não menos apetitoso wonder glide, um lubrificante anal com cheiro a banana.

«Que afagos tão suaves! Que ira honesta,
Que em risinhos alegres se tornava!»


Ora pois!

Por outros lados, alguém acusava Bush de pedir ajuda à ONU.

Julgo que falo por toda a crescente (sem conotação árabe, ou sequer com a meia posta anterior) Nação Galarza, que esse senhor que não conheço nem sei quem é pois que nunca me foi apresentado, a precisar de ajuda para alguma coisa, será para atar os sapatos.

Politicamente falando, parece que «Depois de António Costa ter desvalorizado situação de Maria Elisa no Parlamento, Vicente Jorge Silva demite-se da comissão parlamentar de Ética».

Erm...

Faço lá puto de ideia de quem serão estes senhores. Alguém quer explicar?

Por outros lados ainda, um certo senhor-treinador-espanhol-de-uma-equipa-da-Segunda-Circular-que-não-é-a-que-veste-de-verde-mas-a-que-veste-de-vermelho-e-não-ganha-há-que-tempos, aponta o dedo acusador para a esquerda, juro! e não estou a falar sequer das recentes acusações politico-clubisticas de que foram recentemente alvo os The Galarzas!, e diz, em castelhano, quer-me parecer: «Errios importianties qué marcaran la equipio».

Erm...

Os The Galarzas querem deixar bem claro que não têm qualquer cor clubistica ou partidária.

Querem também deixar bem claro que 1/5 dos The Galarzas são comunas anarco-sindicalistas aos sábados e apenas no campo do Oriental e separatistas monarco-revolucionários algures entre terça e sexta, se não chover. Em caso de chuva ou agravamento dos sintomas, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Deambulando ainda pela internet, fui-me deparar com o seguinte siter.

Apesar de velhinho, continua a lançar dúvidas por essa net afora.

E para terminar, até porque não sei quando terei novamente vontade de praqui escrever sem ser coisas desses rapazes americanos Ferramenta, quero partilhar com todos uma visão sobre a conquista mundial.

E até logo.

Nós não somos de intrigas, mas...

...lá que há muita gente nas Américas que já sabe em quem é que não vai votar para o ano, lá isso há.

Nós, lusitanos The Galarzas, até nem temos nada a ver com isso, mas achamos piada a algumas destas razões e também partilhamos desta opinião...

Bem hajam, senhores.

Badger, Mushroom, Snake

Mais um Galarzão de Ouro, desta vez para a Melhor Letra de Música Internacional de autor ainda desconhecido (mas com direito a vídeo-clip animado ad eternum e tudo):

«badger badger badger badger badger badger
badger badger badger badger badger badger
mushroom – mushroom
(x 4)

badger badger badger badger badger badger
badger badger badger badger badger badger
aagh snake, a snake, snaaake, snake, oooh it’s a snake
»

Na linda caixa de correio

Chega-nos de leitor altamente influenciado, de seu nome Carlos S., o seguinte desabafo, que só aqui entra porque estamos à espera de uma cunha. Ei-lo:

«a pergunta número 100 do grupo-operacional-de-vigilância-democrática que
não chegou à bloguesfera mas chegou às mãos do procurador joão guerra:
e deus, era maçon ou opus dei

The Galarzas lamentam tudo isto. E avisam que para a próxima o nome deste leitor será enviado, como voluntário, de imediato, para a Adega Cooperativa de Alijó, que começa agora a bela e artística tarefa da vindima.

Olha nós na moda

O que está a dar na blogosfera é lançar boatos. The Galarzas não ficarão alheios a esta moda. Aqui vai, com nomes e tudo. Se alguns boatos estiverem desactualizados,pedimos perdão:

- Stalin nunca leu as obras de Pedro Paixão.

- Lino de Carvalho está apaixonado por Manuela Ferreira Leite.

- Konsalik não existe, é um pseudónimo de Francisco José Viegas.

- A BritCom tem mensagens subliminares para que a gente veja a nova RTP2

- O Bastonário da Ordem dos Advogados, José Miguel Júdice, é médico

- Freitas do Amaral dá erros de ortografia

- Gorbachov costuma fazer festas privadas com a música a ele dedicada pelos Afonsinhos do Condado. O SIS sabe.

22.9.03

Quarto de hora sem carros


Rui Rio não suporta mais que digam mal dele. Assim que viu a confusão no trânsito do Porto, porque os cidadãos não perceberam que esta segunda-feira era o dia SEM carros, mandou cancelar a iniciativa e vai de abrir as avenidas.

E juizo? Alguém?

Galileu mata-se depois de Conamara



Deitou-se às nuvens aos catorze anos a pequena sonda Galileu. Morreu cheia de gases, o que não é normal para a sua idade. Para a história fica esta imagem gentil de Europa e da crosta gelada do corpo que mais promete vida para além da Terra. Chama-se a estra região Conamara. Um grande saravá para esta sonda que se suicidou na aerofagia do gigante tempestuoso

Vamos aos livros, então, Júlio, que já não temos muito tempo...

De Arménio Galhardas Galhordas
Um camponês não faz a primavera

De Fonseca Válvula da Costa
Oficina dos milagres

De Pacheco Miranda do Corvo
Retalhos da vida de um mini

De Sebastião Conquilha
Mortos no mar

De Guilherme Monge Meretriz
O Dilema

e ainda...

De Henrique Canalha da Conceição, (biografia)
Jorge Palma, esse mosto

De Vitorino Santos da Casa, (ensaio)
P.S.

De António Truta Martelo, (ensaio)
Guia de Vinhos 2003

21.9.03

O fim do blargh

Tão alto subiu, tão fundo desceu. E, diz-se que felizmente, depressa morreu.

O blargh de JHF - o nosso titulado Super-sumo da SECA - fechou. Seria para nós motivo de tristeza profunda, não tivesse o engenheiro borrado a pintura, como revela a formiga.

Sendo assim, apenas desejamos ao comentador-mor da blogosfera nacional rápidas melhoras...

O Engate...

...ouvido sorrateiramente por um dos The Galarzas numa destas noites, numa festa de aldeia:

«A frescura da tua beleza constipa-me.»

Por uma amiga (e pelas acusações políticas)

Há uma mortalha mesmo atrás de mim
Ensombrando os meus passos
Com promessas vazias
Aponta um dedo acusador
Espera como um mordomo
Onde o dedo repousa
Mata agora o padrão chamado "devemos"
Apenas porque o filho surge

Jesus, não assobias algo
Sobre o passado?

Não podemos ser sóbrios?
Só quero recomeçar

Sou um mentiroso desavergonhado
Sou só um imbecil
Vou apenas complicar-te
Confia em mim e cai também
Vou encontrar um centro em ti
Vou mastigar-te e partir
Vou trabalhar para elevar-te
O suficiente para te derrubar

Virgem Maria, não assobias
Sobre algo que já passou?

Não podemos ser sóbrios?
Só quero recomeçar
Não podemos dormir para sempre?
Só quero recomeçar
E porquê?

Confia em mim

Quero-o quando o quero

20.9.03

A Manuel Sérgio

Breve memória, duas situações, a um minimus galarza, que pode clarificar a nossa posição política:

Enquanto explicava de que lado estava:
«Não sou de esquerda, de direita ou do centro. Sou de dentro»

Enquanto levava um choque por ter cuspido para o microfone no jardim da Estrela, angariando votos aos velhotes para o seu PSN:
«Quiseram-me matar»

Esperamos que isto clarifique as dúvidas.

19.9.03

Uma Posta, Amigo

Nos últimos dias, este belógue tem notado uma invasão de postas de Quinto, uma sempre regular postagem de Primo, mas, infelizmente, uma importante diminuição das postas de Terceiro, Quarto e Cesto Galarzas.

Por esse motivo, este The Galarza vem lançar a Campanha «Uma Posta Amiga», a favor do regresso à mais frequente postagem dos três referidos The Galarzas.

Pedimos, pois, caros leitores, os vossos donativos. A nossa conta postal está sempre aberta e à espera da vossa contribuição. Entretanto...

Posta, posta, amigo, posta,
Vem postar no nosso belógue.
Um Galarza sozinho não é nada,
Juntos, temos o belógue na mão!

Pingue Pongue, parte 1

O blogoverso nacional nasceu para andar às turras. Já não é de hoje, mas nos últimos tempos tem-se vindo a acentuar o ping-pong entre belógues de direita e belógues de esquerda: há os que fazem beicinho e desistem, há os que se fazem de tolinhos e insistem, há os dos costume, há os discretos, há os outros e há muitos mais...

Antes de se debruçarem sobre este ternurento debate, os The Galarzas - assumidamente mais à esquerda de lá mas muito a direito por cá - apenas pedem que, enquanto não entramos na contenda, não se ponha nem toda a esquerda no mesmo saco nem toda a direita na mesma gaveta... Olha que isto, hein?

TO BE CONTINUED

18.9.03

O Anthymio é um senhor!

Mestre Anthymio de Azevedo, ainda agora na SIC Notícias, a dissertar sobre a previsibilidade do Furacão (ou melhor, da Tempestade Tropical Grave) Isabel:

«O Isabel, como todas as Isabéis (e eu tenho uma lá em casa), são muito difíceis de prever...»

Não é que o homem, em apenas cinco minutos de antena, consegue pôr o mais leigo dos analfabetos a perceber tudo sobre furacões, tufões, ciclones, depressões, tempestades, alterações climáticas e mais toda a semiologia meteorológica?

Este senhor é um Galarza e merece não só uma nota na Galeria Galarza como um Clube de Fãs, pôrra!

A comida, a bebida...


Como é lindo o furacão...

Mas agora toda a gente lê BD?

É impressão minha ou agora toda a gente oferece bêdês ao preço da chuva? É a boa da Lara Croft no Record, é o esperto do Tintim no Público... Até o Correio da Manhã vem agora anunciar uma colecção de 20 bêdês, a começar pelo Lucky Luke.

Ainda não percebemos é se isto é bom (afinal há-que divulgar a BD) ou mau (depois dos serviços de cozinha e dos cortinados, a bêdê)...

De qualquer maneira, os The Galarzas propõem a edição de versões em bêdê dos grandes clássicos da literatura portuguesa contemporânea, como «Sei Lá» ou o «Kamasutra Ilustrado» ou o «Socialíssimo». E para quando a biografia de José Castelo Branco em bêdê?

O meu Sonho .7,5

Ou então para Óbidos...

O meu Sonho .7

O meu sonho é emigrar para a Ladónia.

Comunicado de Portugal

Aos portugueses,

Por preferir estar só
A viver com vós

Comunico

Que este Verão
Me imolei

17.9.03

À mão, senhores, à mão!

Diz-se por aí, num universo paralelo, que, «de acordo com uma equipa de investigadores australianos, a ejaculação frequente pode ajudar a proteger o homem contra o cancro da próstata».

E acrescenta-se:
«Esta equipa de investigação estudou 1079 doentes com cancro da próstata e 1259 homens saudáveis, inquirindo-os acerca dos seus hábitos sexuais. Comparando os dados de ambos os grupos verificaram que, entre as idades de 20 e 50 anos, quanto mais os homens ejaculavam menor a probabilidade de desenvolverem cancro da próstata. Em homens de 20 anos que ejaculavam mais de 5 vezes por semana esta probabilidade era reduzida para 1/3! A explicação parece residir no facto de que, limpando os ductos, impede-se a acumulação de carcinogénios nos testículos.»

Leva-nos isto a duas velhas teorias a favor desta mesma arte:
Teoria Nacionalista --> pois que já proclamava o ex-candidato Manuel João Vieira, enquanto porta-voz da Enapália: «Masturbação, a bem da Nação»;

Teoria Anti-belicista --> pois que já se lançavam as bases de uma masturbação político-social no manifesto «Masturbate For Peace».

Posto isto, mãos à obra, senhores.

A beleza subtil das palavras feias

Apesar das más conotações, a palavra «fuck» é um dos mais belos, versáteis e completos vocábulos da língua inglesa. Ora atestem em The Fuck Page.

Deputados transpiram a trabalhar

Mota Amaral, dono do hemicíclo, mandou desligar o ar condicionado.

Só uma perguntinha (ainda o blargh)

Mas a nós, ingénuos The Galarzas, apetece-nos perguntar: se «uma boa equipa de Operações é a chave do sucesso para um bom site na Internet», porque é que o JHF faz tudo sozinho?

O blargh (ainda o Super-sumo)

Os The Galarzas estão tentados a concordar: mais do que «o primeiro cromo», JHF é mesmo um verdadeiro génio. É que além de todos os cabais esclarecimentos e todos os profundos conhecimentos transmitidos, o senhor engenheiro inaugurou uma nova categoria de belógues nacionais- é dele o primeiro blargh português!

O Super-sumo da SECA

Nos últimos dias, a blogosfera nacional tem estado a assistir à ascensão de uma estrela tão inovadora quanto o Pipi dele: o Homem a Dias farta-se de rir com ele; a malta do Sem Nome elevou-o de «palhacinho»a «génio»; a Bomba Inteligente chama-lhe «o primeiro cromo»...

Nós preferimos chamar-lhe apenas o Super-sumo da Sabedoria, da Eloquência, da Competência e da Agilidade.

Senhoras e senhores, eis João Hugo Faria, o Super-sumo da SECA!

Versículos online

Em verdade vos dizemos, irmãos: como o Natal, agora também a «Bíblia» é quando um ou mais Homens quiserem. Porque ela já está lá, ela já está na linha!

E um saravá aos santos da casa.

(P)Ai

Houve em tempos
quem cantasse
a tua aventura

Houve em sítios
quem seguisse
o teu rasto

Houve em livros
quem soubesse
a tua estória

Houve em sonhos
quem quisesse
a tua força

Mas veio quem te esquecesse
por momentos
e em tantos momentos
tão juntos e esquecidos
te apagasse
para sempre

(…)

E veio quem de ti se lembrasse
num momento
e num breve momento
tão curto e tão intenso
te acordasse
e te dissesse
obrigado
por teres ido onde foste

(Houve em dores
quem conhecesse
a tua angústia

Houve em lágrimas
quem ouvisse
a tua dor)

As Tuas Mãos

As mãos
calejadas
cansadas
com que esfregas os olhos
que choram a perda
que sofres

são as mesmas mãos
fortes
envolventes
que empunhavam a enxada
que cavava a terra
que amansava a vida
que criava os filhos
a quem davas
as duas mãos
as tuas mãos

São velhas
as mãos
com que afagas o suor
que o fogo alimentou
com que apagas a tristeza
que o tempo cimentou
com que esqueces
quem esqueceu
as tuas mãos

As mãos
outrora
precisas
agora
esquecidas

A Ti Blé, velho mineiro de S. Domingos

Pousas

Não há asas, bicicletas
As ruas emigraram
E deixam terra batida

Não há árvores, trovadores
Há mulheres caladas, na azenha
Uma torrada de azeite e açúcar

A calça de fazenda perde o vinco
E nos meandros da cidade
Julgam-te um mito, uma inverdade

A ti nunca ninguém te convidará
Para ir ao Lux, para comer na Bica do Sapato
A ti espera-te uma enxada
A Achada do Gamo
O jorrar da água pelos regos
do vinho nas goelas
do suor

Pousas
E quando o fazes é para sempre
Porque nunca pousaste para ir ao Algarve
Não levaste os miúdos à escola porque
não foram
(alinhavaram milhões de sapatos de pele)

Pousas
E por isso
Alguém te leva flores de plástico
Para te embelezar a lápide

Porque só cá voltam
Nas férias
No natal

Porque eles também pousaram
Mas muito mais cedo
Mas vivos
E não sabem disso

16.9.03

Nocturno em Lua Nova

Talvez
não haja mais noites
como aquela noite escura
cansada
que se deita
lânguida
sobre as árvores mais altas
que
vergadas ao peso
de um cansaço
que não o delas
caem numa tal dormência
que nem a lua mais nova
nem o vento mais profundamente adormecido
conseguem acordar.

Alguém tem uma bússola?

Na senda dos apelos humanitários de que os The Galarzas têm feito eco, o Governo de Zé Manel pede-nos para fazer passar o seguinte pedido:

Caros portugueses,

o governo perdeu o Norte e, consecutivamente, o sentido de orientação.

Pede-se a quem o encontrar ou a quem tiver uma bússola o favor de o/a fazer chegar a São Bento.

Prometemos não cobrar o IVA.

Obrigado.

Alguém viu o Tino?

Os The Galarzas estão tristes: perderam o Tino! Nem conseguimos dormir nas últimas mais de 74 noites...

A quem puder ajudar: o Tino é alto, tem cabelo preto com corte à bimbo e os dentes tortos; pensa que sabe cantar e julga que é estrela da têvê.

A última vez que foi visto com alguma regularidade foi num programa de televisão que começou por ser apresentado por aquele senhor que agora está preso e já não apresenta nada a não ser o espectáculo de Natal do EPL.

Julgamos que tenha engolido sapos e fugido para Rans quando abrimos a porta, depois do casamento do irmão do filho do ex-futuro-ministro com a prima da neta da sobrinha-tia do antigo líder do partido.

Por favor, ajudem os The Galarzas: alguém viu o Tino?

Gastão já apareceu

Eis a primeira história verídica nos The Galarzas, que só a contamos porque parece mentira.

O cão do Ferro Rodrigues, desaparecido há três dias, já apareceu. Foi atrás das feromonas do irmão de Rita Ferro Rodrigues, perseguindo-o até ao hotel onde aquele passou a noite de núpcias.

Lá chegado, um bocado mal tratado, um funcionário cuidou dele. E quando viu as notícias nos jornais desta manhã, o funcionário telefonou para a SIC Notícias e descansou a Ritinha, que já não dormia há dois dias.

Ele é um país lindo o nosso, num é?

Posição

E enquanto isso, o tal partido que tem a sigla igual às iniciais do seu líder anda mais preocupado com o facto do senhor JPP ter comparado PP a Le Pen... Alguém duvida?

Oposição

E enquanto isso, o líder da oposição parece andar muito procupado com o desaparecimento do cão da filha... Alguém percebe?

Causa Enfeite

Se só morreram nove pessoas por causa do calor, não é de estranhar que, segundo o governo, só dez por cento dos fogos deste Verão em todo o país sejam de origem criminosa.

Post It

Estranha mensagem que uma leitora deixou no galárzico mail. Aceitam-se traduções simultâneas e apruptas marretadas...

«De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, nao ipomtra a odrem plea qaul as lrteas de uma plravaa etaso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo.

O rseto pdoe ser uma ttaol csãofnuo que vcoe pdoe anida ler sem gnderas pobrlmesa. Itso é poqrue nós nao lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.

Cosiruo não?»

15.9.03

Uma no cravo, outra na ferradura

ao cuidado do senhor presidente da cama de lisboa pedro sem-tino lopes, lembramos o seguinte:


São rosas, Senhor...

Afinal, estamos na vanguarda. A política económica parece estar a dar resultado, a crise acanha-se, a imagem internacional do país parece cada vez melhor, os incêndios já não lavram porque os bombeiros são suficientes e o povo já não morre, nem de fome nem de calor...

Estamos bem melhor que os franceses e os alemães - vejam lá que naqueles países de Terceiro Mundo, o calor matou 11400 pessoas (nas Franças) e 3500 (na Doitchalândia). Cá não; cá só morreram nove, ó seus panhonhas!

Apetece perguntar, de olhos esbulhadas destilando ódio: «afinal, quem é que está na vanguarda, hã?»

Anti-Vírus

Sempre na vanguarda do conhecimento tecnológico, mas correndo o risco de parecer desactualizados, os The Galarzas partilham aqui a última novidade em protecção anti-hacker (ou será só protecção hacker? nem sei se protecção anti-hacker não é protecção contra os anti-hacker):

Última protecção anti-hacker.
Depois disto, Saravá Antunes nunca mais foi o mesmo.

Para os mais pequeninos

Barbie Mil Broches
A conhecida bonequita em mais um brilhante modelo que certamente apelará a todos.

Ricardo Chibanga


Sempre Galarza

Uma historinha pela manhã

Ao expansivo universo Galarza, e na falta de algo melhor para fazer, é com prazer que vos conto uma historinha tãn linda que só dá vontade de chorar.

Para os mais curiosos, e para os outros que serão também pessoinhas com um ou outro direito, aqui vos deixo o linker.

Um grande saravá.

Linker
Linker para a historinha muito linda

Ter queda para 15 de Setembro

1968 - O presidente do conselho português de ministros, António de Oliveira Salazar, sofre uma embolia, na sequência da queda de uma cadeira.

2001 - O índice PSI-20 atinge os mínimos históricos, caindo para 6211,43 pontos

14.9.03

Aos nossos primos inocentes

Fez um nosso caro leitor chegar ao galárzico mail uma mensagem profundamente enigmática e ainda mais misteriosa, na qual dizia apenas «Não sei se conhecem». E acrescentava «...».

No final, logo depois de um link que nos escusaremos a repetir (pois o processo ainda não transitou em julgado), o nosso estranho amigo assinava apenas «Luís Nunes» - nome por certo falso e de significado obscuro, atrás do qual pretendia esconder a sua pudibunda identidade.

Expliquemos pois que o referido remetente nos deu conhecimento de uma história inteiramente falsa, descaradamente desonesta e recheada de alguns erros crassos e outros de palmatória, publicada em jeito de anedota há vários mais de três meses num jornal norte-americano.

No entanto, retemos (e agradecemos) o facto de nos ter revelado mais um ilustre nosso primo Galarza, a quem daqui mandamos um forte saravá e um jugular «aguenta, pá».


O nosso primo Luiz Galarza, ébrio apalpador e idiota do reino.

Golpe de Eustáquio

Caros leitores,

por motivos a que devemos ser quase totalmente alheiros, este belógue encontra-se sob manifesto controle de desconhecidas altas patentes virtuais que, volta e meia, retêm em seu poder algumas fotos e imagens aqui postadas - sobretudo e quase sempre (senão mesmo sempre) as mais susceptíveis de embaraçar ou pelos menos avermelhar as faces de alguns senhores bem posicionados. Ou não.

Por esse facto, pedimos as nossas mais deslavadas desculpas. E prometemos que, atentos a este verdadeiro coup d'etat, os The Galarzas irão de imediato (e assim que acabe o jogo, as cervejas e as febras) seguir os trâmites legais necessários para a reinstalação da normalidade deste belógue.

Obrigado pela vossa intermitente paciência.

PS: os nossos queridos e inteligentes leitores podem sempre entreter-se a imaginar as fotos em falta - aceitam-se propostas em folha A4 no mail devido.

3001, odisseia no blogue

Somando as visitas a The Galarzas com as de Tabaco Só Ao Balcão e The Haiku (Blog)Spot, o Galarzas Portugal Show atingiu este domingo três mil visitantes.

É informação importante que há leitores deste Blog desde a Califórnia a Timor.

A nossa missão, de espalhar o irrealismo, o sarcasmo e o surrealismo, com pitadas de ironia, poesia e alguma galhardia, ganha novo fôlego.

É também isto sinal que acabou a rodagem e está na altura, aos 3000, de mudar o óleo, já que é daqueles comprados no «Contenênte».

Obrigado aos que nos visitam e façam favor de ser felizes.

Portugal de bacantes


Este homem aqui de cima é ministro e, numa de treinador de bancada, mandou a selecção jogar mais à bola porque já se tinha gasto muito dinheiro no Euro'2004. E deu um exemplo: vão gastar-se mais de três milhões de euros para mandar uma carta a 4,3 milhões de lares. Na carta o treinador da selecção «convoca» os portugueses para o evento desportivo.

Ó homem! Então não foi o seu governo que não abdicou do IVA nas chamadas de ajuda aos desalojados dos fogos e que foi buscar as reformas dos CTT para enganar Bruxelas?

E agora manda-nos uma carta a cores e gasta uma pipa de massa em propaganda? Somos nós ou os senhores estão assim um bocado para o ébrios? E o Figo agora é que tem a culpa?

Nunca se viu uma maralha tão baralhada em São Bento. (tirando o Vasco, mas esse tinha desculpa)

Factos óbvios VI

Um vegetariano nunca será pedófilo

Convite de Adolfo Luxúria Canibal

Se gostas de chupar
De champanhe quente e caviar
Junta-te às nossas tertúlias de fim de tarde

13.9.03

Coincidência?

Facto 1:
Spencer Tunik esteve hoje em Santa Maria da Feira, para fotografar 300 corpos nus.

Facto 2:
No norte do país (Santa Maria da Feira incluído), o "v" lê-se "b".

Facto 3:
O comandante da PSP de Aveiro, responsável pela segurança do evento, chama-se António Bagina!

Dúvida:
Terá sido propositada a escolha deste agente ou apenas coincidência?

À alma da nossa prima

À nossa prima Alma Galarza, um valente saravá e um ósculo na sua face rosada, como profundo agradecimento pela sua homérica contribuição para a difusão do nome e da «alma galarza».


Capa de «Jájome», álbum de estreia a solo da nossa mui querida Alma

Aos nossos primos extra-terrestres

Do lado de lá da Via Láctea, a Grande Família Galarza é já um valor absoluto. Aqui, a nossa prima Vanessa Galarza encontrou o seu (nosso) primo perdido, também ele um verdadeiro Galarza além-das-estrelas:


Os nossos primos de aquém e além estrelas

Dilema jornalístico via mail

Mais uma vez, o mail dos The Galarzas foi corrompido por este chamado «dilema jornalístico» que muitas dores de cabeça nos deu. Partilhamos convosco, caros leitores, a nossa angústia...

Uma pergunta.
Responde com sinceridade e poderás auto-avaliar a tua moral. É rápido. Trata-se de uma situação imaginária porém tens de decidir o que farias...

Imagina: estás em Washington, no meio do caos dos terríveis momentos de enchentes que ocorrem em épocas de chuvas mais intensas. És um repórter fotográfico que trabalha para a REUTERS e estás desesperado(a), tirando as fotos que possam ter maior impacto.

De repente, vês George W. Bush num Jeep, lutando desesperadamente para não ser arrastado pela corrente, lodo e pedras. No entanto, ele acaba sendo arrastado pela corrente e tu tens a oportunidade de salvá-lo ou tirar a fotografia que será ganhadora do Prémio Pulitzer, que daria a volta ao mundo ao mostrar a morte de tão famoso político.

Baseando nos teus princípios éticos e morais e na fraternidade e solidariedade humanas, responde sinceramente:

(...)

Farias a foto em preto e branco ou a cores?

Piada muito fácil

Mas irresistível...

Num comício em Cuba, Fidel Castro pergunta à multidão:
"-Fidel não tem barba como Jesus Cristo?".
A plebe responde entusiasmada: "La tiene!".

E o comandante prossegue:
"-Fidel não tem os olhos mansos de Jesus Cristo?".
A multidão ruge: "Los tiene!".

O herói de Sierra Maestra inflama-se:
"-Fidel não tem o discurso de justiça e paz de Nosso Senhor Jesus Cristo?".
O povo à uma, em delírio: "Lo tiene!".

Mas há um bêbado na multidão que no embalo do entusiasmo geral, pergunta:
"-Entonces, por que no crucificarlo?"

(repare o leitor como Fidel fala tão bem português e o povo cubano lhe responde em castelhano)

Comunicado com Direcção

Anda para ai um blogue que levanta suspeitas sobre The Galarzas. A resposta à pergunta 16. ali feita é «Cristal, Sagres, Jameson e Creme de Bellota». Queira o leitor descobrir a pergunta e, pela sua saúde, manter-se longe desse poluidor na internet.

Jogada de Antecipação a Santana

Sá Carneiro

O que não esquecemos

- Que nas notas de 50$00, viradas ao contrário, se viam as pernas da Pintassilgo

- Que Ramalho Eanes não se podia rir que ficava feie

- Que Lena D'água teve um caso com um apresentador holandês de um programa músical que passava na RTP2 (agora A2)

- Que Gabriela Schaff existe

- Que o Bispo de Braga aprendeu mais em meia hora no «Império dos Sentidos» do que em toda a sua vida

- Que o Bispo de Braga não viu os documentários da RTP sobre o 25 de Abril

- Que um toiro rasgou a Ricardo Chibanga o traje de luces e este ficou com o rabo à mostra perante 400 pessoas numa aldeia alentejana

- Que Mário Soares já teve 40 anos

- Que Álvaro Cunhal é vivo e vive nos Olivais

- Que Mário Crespo se bararlhou todo a moderar o debate entre Soares e Basílio Horta, que tiveram de lhe explicar o que era a Maçonaria

- Que Mário Mata entrou no Polystar 1981

- Que Paulo de Carvalho cantou uma canção com letra de Dias Loureiro

- Que o Naranjito e o ursinho Misha estão tão datados como o José Fanha

- Que a «Pedra Filosofal» nunca levou ninguém a ficar charrado

- Que a Bertrand editou um livro que defendia que Nossa Senhora de Fátima era um OVNI

- Que «o povo é sereno»

Poema ao país

Na floresta abondonada
Que mão criminosa aquece
De chamas trespassada
Várias, descontroladas,
Arde tudo e apodrece

Raiva do povo inane
De braços bem erguidos
Brada com olhar langue
E ouve ministros perdidos

D'outro escândalo alado
Estado a roçar o solo
A pedofilia embainhada
Levavam-lhes meninos a criada
Eles é que já não prestam

Tão velho, quão velho era
Que idade agora tem
Sem rumo Afonso lhe dera
Um nome e o mantivera
Portugal, sem regra nem lei

(segundo Pessoa, que lá deu a sua voltinha nos Jerónimos depois desta escrita)

12.9.03

Alguns acordes mais

No dia da morte de Johnny Cash, os The Galarzas elevam à categoria de Maximus Galarza o «homem de negro» e abrem-lhe de par em par as portas da Sala Maior da Galeria Galarza.



Aos visitantes, apenas isto, isto e isto.

Man In Black

Morreu Johnny Cash, dizem as notícias. Os The Galarzas estão profundamente abalados e tristes. Os The Galarzas são hoje mais pequenos, mais negros. Os The Galarzas são menos.

Man In Black

Well, you wonder why I always dress in black,
Why you never see bright colors on my back,
And why does my appearance seem to have a somber tone.
Well, there's a reason for the things that I have on.

I wear the black for the poor and the beaten down,
Livin' in the hopeless, hungry side of town,
I wear it for the prisoner who has long paid for his crime,
But is there because he's a victim of the times.

I wear the black for those who never read,
Or listened to the words that Jesus said,
About the road to happiness through love and charity,
Why, you'd think He's talking straight to you and me.

Well, we're doin' mighty fine, I do suppose,
In our streak of lightnin' cars and fancy clothes,
But just so we're reminded of the ones who are held back,
Up front there ought 'a be a Man In Black.

I wear it for the sick and lonely old,
For the reckless ones whose bad trip left them cold,
I wear the black in mournin' for the lives that could have been,
Each week we lose a hundred fine young men.

And, I wear it for the thousands who have died,
Believen' that the Lord was on their side,
I wear it for another hundred thousand who have died,
Believen' that we all were on their side.

Well, there's things that never will be right I know,
And things need changin' everywhere you go,
But 'til we start to make a move to make a few things right,
You'll never see me wear a suit of white.

Ah, I'd love to wear a rainbow every day,
And tell the world that everything's OK,
But I'll try to carry off a little darkness on my back,
'Till things are brighter, I'm the Man In Black.


Olhe que não, doutor!

A propósito do debate sobre o 11 de Setembro que ontem à noite alimentou a programação da SIC Notícias, apenas dois pensamentos ocorrem:

- Soares é fixe;
- Pacheco Pereira é abrupto.

Noite no BA

Num bar por baixo do Record, um bar frequentado por meninos que gostam muito uns dos outros ao ponto de se apoiarem quando estão mal, e quando estão bem e até só quando estão, afirmam os The Galarzas, trabalha uma senhora de cabelos dourados com deficiência de altura.

Traduzido por miudos, o que não é de maneira nenhuma um piscar de olho aos senhores com preferências não muito normais, num bar de [imperceptível]aneleiros trabalha uma anã loira.

11.9.03

entre parentes/is

(serão as Twin Towers...?)

É tão linda a amizade...

Os The Galarzas já têm candidato: Larry Flint! Homem que é homem é homem que é capaz de pensar, dizer que pensa, dizê-lo mesmo e ainda publicar coisas destas.

Um grande saravá ao senhor da Hustler.

Lampeja, piri, lampeja!

«(...) aumenta o desemprego, aumenta o número das listas de espera, temos as consequências dos incêndios, temos o escândalo da Casa Pia e a situação orçamental só é aceitável com vários malabarismos fiscais (...) perdemos espectacularmente no jogo com a Espanha. Mas duma coisa nos podemos orgulhar: temos um número muito razoável de pirilampos distribuídos de uma forma harmoniosa.»

Luminosas palavras do sempre lampejante EPC, nas páginas do Público (pelo que se pede um saravá ao EPC, outro ao Pirilampo Mágico e, last but not the least, ao nosso Primo).

The Galarzas na estrada

É com exagerada galardice que os The Galarzas se apercebem da existência de leitores anónimos nos gabinetes do Instituto das Estreitas de Portugal.

De que outra forma se justifica a demissão do Senhor Presidente do Instituto das Entradas de Portugal senão pela cuidada atenção que devotou ao nosso post passado (para memória futura)?

Bem haia, senhor ex.

Não passará...

...em branco a efeméride.

E em galárzica homenagem aos heróis dos vários "onzes de Setembro", deixamos palavras sábias de quem sabia onde estava no dia tal.

Luís Sepúlveda (escritor, em crónica no Público):
«(...) nós permitimos que os párias da terra olhassem pela primeira vez para os olhos do patrão e lhe dissessem: "Grande filho-da-puta, exploraste-me, tal como aos meus pais e avós, mas aos meus filhos e aos filhos dos meus filhos não os explorarás"»;

António Rodrigues (jornalista do DN):
«Quando se esperava resposta à altura da América, viu-se que os terroristas tinham ganho. O berço da democracia, que sempre recebeu gente de todo o mundo para a transformar na sua principal força, usa as técnicas dos bárbaros para impor a "civilização"».

A culpa é da borboleta

Depois de toda a polémica, a Direcção Geral de Saúde veio corrigir os números - afinal, não foram só quatro as vítimas da onda de calor, como afirmou o Senhor Mini. da Saúde.

O número foi agora revisto e aumentado, ficando mais próximo dos números do Observatório Nacional de Saúde (os míticos 1316): feitas as contas, foi um bem mais realista total de nove (9) o número de mortos devido ao calor.

Nas asas da borboleta - que de tudo tem culpa só por bater as asas - chegaram mais 5...

Para Memória Futura

Será que, à semelhança do Ministro da Saúde, também o das Obras Públicas vai ao Parlamuito esclarecer os portugueses sobre as causas da queda da famosa ponte no IC19 (e já agora de tanto "buraco" em tanta estrada)?

Será que, à semelhança do Ministro da Saúde, também o das Obras Públicas (ou o seu subordinado presidente do Instituto das Entradas de Portugal) se vai esquecer de umas quantas vítimas e de uns quantos acidentes, para contabilizar que, no IC19, só caíram uma pedrinhas?

Será que, à semelhança do que tem sido habitual nos últimos tempos, ninguém se demite?

Será que obviamente?

Poema profundo em dó-ré-mi para este desgoverno

senhor primeiro-ministro,
o que é isto?

Cisma

Eu sei que as peças encaixam porque as vi cair
húmidas e fumegantes, diferendo fundamental,
pura intenção justaposta porá dois amantes em movimento
desintegrando-se ao testar a nossa comunicação
a luz que nos alimentava o fogo abrindo um buraco entre nós
não podemos desejar o fim destruidor da nossa comunicação

Eu sei que as peças encaixam porque as vi escorregar
não há culpa, não há culpado mas não significa que não deseje
apontar o dedo, culpar, ver o templo cair.
Juntar as peças, redescobrir comunicação.

O poema vem do ajustamento,
E o cí­rculo merece-o.
Encontrar beleza na dissonância.

Houve tempo em que as peças encaixavam, mas eu só as vi cair.
Húmidas e fumegantes, estranguladas pela nossa inveja
fiz as contas para saber os perigos de uma segunda tentativa
ameaçada de ruir a menos que cresçamos e fortaleçamos a nossa comunicação.

o silêncio frio tem uma tendência para atrofiar qualquer sentimento de compaixão

entre supostos amantes
entre supostos irmãos.

E eu sei que as peças encaixam.

10.9.03

Soledad de Jesus

Agora que Jess Franco entrou finalmente na Galeria Galarza (de que em breve falaremos com mais pormenor), há que aproveitar para esclarecer, homenagear e lembrar:

Esclarecer...
que entre as quatro dezenas de pseudónimos de Jesus Franco Manera deverá figurar - julgamos nós - o nome Jesus Galarza;

Homenagear...
Soledad Miranda, luso-espanhola, filha de portugueses e actriz fetiche de Franco, que com ele fez oito filmes (entre eles o clássico «Las Vampiras», a.k.a. «Vampyros Lesbos») e que morreu, tragicamente, em 1970, num acidente de automóvel numa estrada perto de Lisboa;

(É caso para dizer, lembrando as sábias palavras de Calamaro: vitória, Soledad!)

Lembrar...
que Jess Franco foi o autor da mais livre adaptação para cinema das cartas de Mariana Alcoforado, no filme «Love Letters of a Portuguese Nun» (a.k.a. «Liebesbriefe einer portugiesischen Nonne»), de 1977, com um elenco onde se incluem Ana Zanatti, Victor de Sousa, José Viana e um tal Hermann Krippahl...

(É caso para dizer.)

A coisa épica

Pergunta colocada ainda agora a um dos The Galarzas:

«Controlaste o tempo, meu amor?»

Às vezes, até a mais banal das frases pode ser o mais épico dos pensamentos...

Adenda aos Comunicados

Após dúvidas existenciais pertinentemente colocadas aos The Galarzas, os The Galarzas vêm por este meio esclarecer que, com «D» grande ou «d» pequeno, a Direcção (ou direcção) referida em três posts anteriores é a mesma.

Comunicado da direcção

A partir desta posta é oficial que Jess Franco, ou qualquer um dos 40 pseudónimos que o senhor assuma, é de obra própria parte dos nossos corações.

Aiás, estranham os The Galarzas que certas estações de tv públicas (como aquela nova A2 do senhor Hawk) ainda não tenham programado a exibição da rúbrica 200 noites, 200 filmes, com a obra completa de Jess.

Curioso, caro leitor?

Já temos canudo

Na volta do correio, veio... o canudo! Depois de vários anos de espera, os The Galarzas receberam finalmente o merecido diploma, que tanta falta poderia ter feito no mercado de trabalho - perdão, de emprego:



Apesar do considerável atraso, os The Galarzas agradecem e consideram a São.

Comunicado da Direcção

O Sindicato dos Jornalistas alertou, por estes dias, para a «degradação da situação dos jornalistas» em Portugal.

Apesar da pertinência do artigo e da verdade concreta dos factos, os The Galarzas reservam-se o direito de informar os seus estimados, estimulados e imolados três leitores de que esta análise não encontrou qualquer tipo de desrespeito ou de evidente «degradação das condições de vida e de trabalho dos jornalistas» na redacção deste órgão de comuna-e-cação bestial.

O facto do dito Sindicato não ter sequer visitado as nossas instalações não tem qualquer tipo de relevância e serve para provar a boa fé com que este belógue grupal é gerido, mantido, definido e seduzido.

A Gerência

Sabedoria popular

Ó Fernando
Ó Pessoa
Este mundo é um hospital
Morrer é o ideal

(Ouvido a um mendigo no Chiado, guitarra na mão, em jeito de faduncho)

A borboleta

Segundo o porta-voz da comissão de inquérito à queda da passagem pedonal sobre o IC19, a culpa foi, disse, «do bater de asas da borboleta» sic.

The Galarzas cumprimentam mais uma vez as autoridades. É tão bonito envolver o reino animal nos assuntos graves. Por isso, como diria o grande Semedo, lá vai poema:

Bate as asas a cegonha
Fugiste, onde foste?
Acabaste queimadinha
Quando embateste no poste

Ficou tudo às escuras
Até o gado urbano
O que vale é que no norte
Havia gás propano

Agora outra queda
Não da luz, mas em Queluz
Foi a ponte que ruiu

Dizem que foi borboleta
Que bastava leve abanão
Pra tudo cair ao chão

O monstro ainda precisa de amigos?

Ainda na senda dos títulos dos jornais de hoje, o Público revela algo que, se pensarmos bem, não é assim tão novidade quanto isso:

«Os mastodontes esperam por si em Lisboa»

Aliás, mastodontes é o que não falta por aí, desde o IC19 a São Bento...

Pós-Escrito

Depois da excitante manchete do Correio da Manhã de hoje (vide post abaixo), o 24 Horas acrescenta dois brilhantes títulos, que, encarados em conjunto, revelam um verborreico mas iluminado triunvirato:

«7 minutos de sexo» (referente ao mesmo tema da pornografia na RTP) e «Já levei com 170 milhões» (sobre as críticas ao seleccionador nacional Luís Filipe Scolari).

Os The Galarzas propõem a seguinte conjugação (em forma de inocente diálogo):

- Ó pá, ontem "vi uma dupla penetração"...
- Oh, eu "já levei com 170 milhões" em "7 minutos de sexo"!

Casa Pig Brother

Facto
Manchete do Correio da Manhã de hoje:

«VI UMA DUPLA PENETRAÇÃO»

Hipóteses
Casa Pia ou Big Brother?
Jornalismo sensacionalista, jornalismo espectáculo ou jornalixo?
Clarificação da verdade ou necessidade de vender?
Verdade ou consequência?

Experimentação / Resultado
Em breve, nas bancas (e no Jornal Nacional da TVI)!

9.9.03

Portugal está em recessão

Geólogos alertam para formação de cadeia montanhosa junto à fronteira espanhola

Eloquência

Há coisas que não se dizem. Por isso...

Factos óbvios V

Todas as Comissões de Trabalhadores não representam todos os trabalhadores.

Todos os trabalhadores não representam todos os que trabalham.

Fantasmas versus mosquitos

Será que os fantasmas têm medo de baratas? Terão as térmitas percepção extra-sensorial? Serão os carunchos assombrados ou assombrosos? Ou vice-versa?

Factos óbvios IV

Todo o cinema nacional tem o apoio da RTP

8.9.03

Fechado para obras?!

Aviso junto à famosa ponte pedonal do IC-19 caída na tarde de ontem (colocado no início de uma rampa que, agora, não leva a lado nenhum e ao lado dos escombros espalhados pelo chão):

Fechado para obras
Pedimos desculpa pelo incómodo


(in Tabaco Só Ao Balcão)

PS: Apetece perguntar "não podem por um aviso destes à entrada de Portugal?"

Boas vindas

Frase de boas vindas do pai de um dos Galarzas: «Querem um saco de varejeiras? São boas, de asticot»

É fresca, é!

Diálogo presenciado num restaurante da Trafaria:

Cliente: Depois era a conta, se faz favor...
Empregada: Fresca ou natural?

Exclusivo: Gerontofilia na SIC Gold

Os The Galarzas tiveram uma revelação que, de tão importante, não podem nem devem guardar para si.
Chamamos a atenção para os leitores mais sensíveis.

Denúncias anónimas garantem aos The Galarzas que há práticas correntes de gerontofilia na estação de televisão SIC Gold. Envolvidos na rede estarão alguns funcionários do canal que obrigam velhas estrelas de televisão a práticas a que já não estávam habituados há muito, e que as praticam contra vontade.

Os idosos atingidos incluem o barmen do Barco do Amor, Isaac, que sofre de doença hemorroidal avançada e ainda Barbara Bel de Guedes, a «mãe» de Dallas, encostada à parede por vários montadores da estação.
A PJ e o Ministério público já estão em campo.

Outra das vítimas será, ainda que não haja confirmação, Patrick Duffy, o homem da atlântida, que foi mantido a seco durante dezassete horas.

As vítimas têm entre os 60 e os 150 anos, algumas delas já enterradas.

Factos óbvios III

Em passagem pedonal que não cai não se mexe

The Galarzas agradecem a Bush

Numa mensagem enviada à Casa Branca os The Galarzas pediram na passada sexta-feira cerca de duzentos contos (mais ou menos duzentos euros) para a reconstrução da sua garrafeira, agora que esta está depau perada.

É pois com gáudio que vemos que, entre os 87 mil mihões que os américas vão desembolsar para as guerras do Afeganistão e Iraque (que, como se lembram, já acabaram), está uma alínea denominada «The Galarzas war effort - 200 Counts».

O agradecimento, que é merecido, aqui está público.

4.9.03

A2

O novo canal da RTP chama-se A2. Parte de Setúbal e em duas horas está no Algarve. A portagem vem na conta da luz.

Sem silly nem season

Retomando a veia musico-poética que tanto caracterizou os The Galarzas, e que toda a gente clama e espera volte a caracterizar, deixo-vos aqui com um poema não da minha autoria mas da desses meninos norte-americanos chamados Ferramenta.

Alguma coisa tem que mudar no teu dilema inegável
O aborrecimento não é um fardo para carregar sózinho

A sobre-estimulação constante entorpece-me
Mas não o quereria de outra maneira

Apenas
Não é suficiente
Preciso de mais
Nem de longe estou satisfeito
Eu disse
Não quero
Só preciso
De respirar
De sentir
De saber que estou vivo

O dedo fundo dentro da fronteira mostra-me que me amas e que pertencemos um ao outro
Relaxa, volta-te e toma a minha mão

Posso ajudar-te a mudar as canseiras em prazer
É só dizer

Mistura e balanço
Dor e conforto
Dentro de ti
Até não me quereres de outra maneira

Mas não é suficiente
Preciso de mais
Nada parece satisfazer-me
Eu disse
Não quero
Só preciso
De respirar
De sentir
De saber que estou vivo

Mão funda dentro da fronteira pode doer mas vais habituar-te
Relaxa, vira-te

Há algo triste na maneira como nos tornámos insensíveis a tudo
O que aconteceu à subtileza?

E como pode isto significar alguma coisa para mim, quando não sinto absolutamente nada?

Vou continuar a escavar até encontrar alguma coisa

Cotovelo fundo dentro da fronteira mostra-me que me amas e que pertencemos um ao outro
Ombro fundo dentro da fronteira
Relaxa, volta-te e toma a minha mão

Febre bobónica

Terminada uma silas sizône recheada de inteligentzia, a rentrée traz de volta a inteligência. Depois da epopeia verborreica de uma conhecida Bobone da nossa praça, o espaço de entrevistas de Verão do DN volta hoje à carga com uma outra Bobone.

Madalena de seu nome, esta novel Bobone veio lavar a face do nome de família, com modéstia, inteligência e a dose certa de paixão, devoção e entrega.

Ora pois:

«O que gostaria de ser?
Gostava de ser uma boa actriz, uma boa mulher e uma boa mãe.
(...)
Como gostaria de morrer?
De consciência tranquila.
(...)
Defeito que lhe inspira mais indulgência?
Ignorância.
(...)
A sua divisa?
Encontrar algo de belo todos os dias.»

Sô Dona Bobone Senior: há que dar lugar aos novos e aprender com eles. Quanto aos The Galarzas, estão rendidos às melhores bobones...

Boa nota

Em dias banhados pela água suja da polémica criada pelas dificuldades em conhecer os resultados da colocação de professores, a nota máxima vai para Luís Francisco, editor do Público que, na edição de hoje, deixa alguns dos mais sérios indícios dos «Três Pecados Mortais» desta administração. Fiquemos pelos excertos:

«Que a administração pública é leviana já se sabia. Na sua mastodôntica indiferença, a máquina do Estado diz-se e desdiz-se alegremente, a comunicação circula mal, a culpa tem uma incontrolável tendência para morrer sozinha.
Associada à leviandade vem, muitas vezes escondida, a pura incompetência.»

«O ministro mentiu em consciência ou porque estava mal informado? E se estava mal informado, isso devia-se à leviandade ou à incompetência dos seus colaboradores?»

«O Ministério da Educação, que não se furtou ao auto-elogio pela velocidade a que procedeu às colocações, foi insensível ao drama humano vivido pelos candidatos a professores que no mesmo dia enfrentavam o desemprego. Nesse pormenor deselegante, seguiu a filosofia dominante deste Governo de colocar os números à frente das pessoas.
Tal como a leviandade, a incompetência e - tantas vezes - a mentira, essa indiferença da máquina que nos governa já não é novidade. Mas dói sempre. Principalmente na hora de ver sair do nosso bolso o dinheiro que sustenta um Estado que acumula dívidas, erros, disparates, omissões e inverdades»

Objectos Caídos Não Identificados

Depois do Museu Nacional do Acessório e Irrelevante (criado pela mente fecunda de José Carlos Fernandes), outro José - este Godinho, presidente da Junta de Freguesia de Alcântara (Lisboa) - propõe a criação de um Museu dos Objectos Vindos do Ar, cujo espólio seria composto por «capacetes de obras, pneus, beatas, sapatos, toneladas de areia, garrafas e até preservativos», atirados borda fora pelos mui civilizados condutores que atravessam a Ponte 25 de Abril (a da liberdade, portanto).

Uma iniciativa de louvar a que os The Galarzas desde já se associam, com a doação de várias garrafas de cerveja vazias, alguns livros da 2ª Classe dos anos 60, um cartaz de uma peça de teatro amador e algumas cassetes de vídeo em segunda mão, que serão prontamente atirados pela ponte abaixo.

Factos Óbvios II

A GNR já não deve ir para o Iraque. Senão já lá estavam. Somos mesmo pantomineiros.

3.9.03

Uma tarde em São Bento

Quatro frases que abrem o ano político:

- Presidente da AR, Mota Amaral: «Dou a palvara à deputada do PS, Maria de Belém»
- Maria de Belém: «Diga...? Ah, estava aqui a falar com a senhora deputada...»

«A única medida que o Governo podia ter tomado era ter mandado baixar as temperaturas»
João Almeida, deputado do PP, sobre os mortos e a onda de calor

«Não tenho nenhum barómetro para medir os sorrisos na face do ministro Bagão Félix, quando este sorri ao falar do Código de Trabalho»
Jerónimo de Sousa, ex-metalúrgico, ex-candidato a Belém, deputado do PCP

«Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. membros do Governo... (levanta os olhos, vê que não está ninguém na bancada do governo) ...bem, estes não há»
Joel Hasse Ferreira, PS

Quatro a Um

No dia em que um dos The Galarzas sai à rua de sorriso largo, enquanto pelo menos um outro dos The Galarzas sai à rua só porque tem que ser (mas vai pintado de vergonha), os The Galarzas - que, mais uma vez, voltam a fazer fé do seu não-clubismo - aproveitam o "dia depois" para homenagear os vencedores.

Recorremos pois a uma citação do médico Domingos Gomes, entrevistado pelo DN, que diz aquilo que pelo menos um treinador, onze jogadores e um senhor-presidente pensam hoje... Ora pois:

Pergunta-se-lhe: «O que gostaria de ser?»
Responde-se-nos: «Aquilo que sou!»

Vi Agens

(dedicado a todos os que mandam)

Ontem fiz mais de 900 quilómetros ao longo de mais de 10 horas de viagem - Portugal acima, Portugal abaixo.

Obviamente, constatei o óbvio - mesmo queimado, poluído, esburacado; mesmo cheio de gentes incivilizadas, abusadoras, desrespeitosas; mesmo carregado de nuvens, de lixo, de esquecimento; mesmo desgovernado, amotinado, corrupto; mesmo doente, podre, triste... este Portugal pequenino ainda reserva as melhores surpresas e as mais belas imagens.

Basta olhar para fora da janela, para lá das cidades, para dentro do país que temos, que tem gente, tanta gente, que parece que não merece este Portugal pequenino que, só por isso, é que é dos pequeninos, é que anda perdido, à deriva.

Não somos nós que merecemos outro país - Portugal é que merecia outros portugueses...

Crónica do descontentamento

Os The Galarzas não percebem... Às vezes, os The Galarzas não percebem mesmo. Como é possível que o jornal Público tenha editado um livro chamado ABCdário da Cerveja e (dois pontos)

(ponto um) nem uma opinião, um comentário, uma lição de história, uma prova... tenha sido pedida aos The Galarzas, famosos ex-pecialistas em matérias cervejárias, sabedoiros na arte de levedar, conhecedoiros das técnicas de servir e inultrapassáveis na arte de consumir o dito líquido

(ponto dois) nem uma cópia, uma fotocópia, uma convite para o lançamento do dito livro... tenha sido enviada para os The Galarzas, fabulosos coleccionadores e estudiosos de tudo o que a cerveja diga respeito - como se confere pelas proeminentes barrigas

(ponto de interrogação, denso e carregado)

Não percebemos... E por isso, estamos zangados: nem mais uma garrafa de cerveja para aquela mesa!

2.9.03

Factos óbvios I

O dr. Tallon trabalha no Estabelecimento Prisional de Lisboa, contribuindo para a farta perda de peso dos seus hóspedes

Uma cerveja tuga apoia a Selecção

Uma conhecida marca de cerveja portuguesa cujo nome não revelaremos, mas que começa com 'S', termina em 'S' e tem as letras 'agre' no meio, tem um divertido passatempo no seu site.

O passatempo leva-nos a escrever uma frase de apoio à Selecção Nacional, com a possibilidade de ganhar bilhetes para o jogo Portugal-Espanha, em Guimarães.

A minha participação foi: "Beba a cerveja [incompreensível]agres e veja o Figo jogar duas vezes."

Os The Galarzas esperam levar dois dos seus elementos à cidade-berço ver a equipa de todos nós.

1.9.03

Vacas açorianas correm cada vez mais

A produção de leite caíu nos Açores cerca de 1,7 por cento nos primeiros seis meses deste ano, relativamente a igual período de 2002, indicam estatísticas oficiais a que a Agência Lusa teve hoje acesso.

[sem título: às vezes ocupam mais espaço que os próprios blogs]

Descobri uma espécie de sentido da vida este fim de semana: é fazer amigos e fazer amor e encontrar Deus à minha maneira. Experimentem.