Poema ao país
Na floresta abondonada
Que mão criminosa aquece
De chamas trespassada
Várias, descontroladas,
Arde tudo e apodrece
Raiva do povo inane
De braços bem erguidos
Brada com olhar langue
E ouve ministros perdidos
D'outro escândalo alado
Estado a roçar o solo
A pedofilia embainhada
Levavam-lhes meninos a criada
Eles é que já não prestam
Tão velho, quão velho era
Que idade agora tem
Sem rumo Afonso lhe dera
Um nome e o mantivera
Portugal, sem regra nem lei
(segundo Pessoa, que lá deu a sua voltinha nos Jerónimos depois desta escrita)
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