13.2.06

Poema de Agostinho da Silva

Sou marujo, mestre e monge
marujo de águas paradas
mas que levam os navios
às terras por mim sonhadas

Também sou mestre de escola
em que toda a gente cabe
se depois de estudar tudo
sentir bem que nada sabe

Mas nem terra ou mar me prendem
e para voar mais longe
do mosteiro que não houve
e não haja, me fiz monge

Agostinho da Silva