19.12.05

Segunda-feira de natal

Às seis da manhã o molar mais encostado ao dente do siso começa a doer. Olho para o despertador, tenho a má ideia de ligar o rádio e a TSF começa a debitar que Cavaco não responde aos adversários e até lhes pede calma.

Levanto-me em direcção à cozinha para engolir dois Clonix. Apercebo-me que, para além do dente, que dói por ser empurrado pelo do siso que anda a querer sair mas nada, estou com uma gripalhada enorme. Beconase no nariz. E volto para a cama.

Duas horas depois o despertador dispara. Outra vez o Cavaco sem responder a ninguém e uns empresários em cima dum carrossel. Estou na mesma, parece que não tenho febre. Bebo um sumo de laranja e como qualquer coisa. O Cavaco continua a pedir calma aos adversários. O Clonix está a fazer efeito, mas a gripe piora. Tenho de engolir um brufen qualquer comprado na Galiza em Abril, que ainda resiste na bolsa. A casa está fria, coisa rara. Volto para a cama e ensaio um telefonema ao director:
"Epá, estou um nojo, nem me consigo mexer..."
ao que ele:
"Epá, 'tamos lixados, está tudo doente, tens de te mexer".

Pronto.
Cá estou. Com a quantidade de virus que mando cá para fora, por minuto, amanhã está tudo engripado. Será bem feita.

Cavaco Silva continua sem responder aos adversários.