11.11.05

O Fim do Mundo


Maltratado pelas crenças, oráculos, religiões, profetas e alguns cronistas do jornal Público, o Fim do Mundo, em voga até ao finado ano de 2001, parece ter perdido toda a credibilidade.

O Fim do Mundo (FdM), como todos sabem, aconteceu no passado dia 11 de Julho, às 22h12, na Rua do Sol ao Rato, em Lisboa. Deste epicentro, um buraquinho que inda hoje mal se vê, sairá D. Jesus Cristo e D. Maria Antonieta. Crê-se que com cabeça, esta última, e sem buraquinhos nos artelhos e nas gâmbias nem na fronde, aquele.

O primeiro sinal de FdM será a extinção, por parte da Carris e dos STCP, das carreiras 28 (Moscavide - Belém) e 15 (Boavista - Santo Ovídio). Se a primeira tem uma carga simbólica pois deixa de ligar Vasco da Gama, versão comercial, ao Mosteiro da ordo Jeronimus, a segunda mostra que será impossível ir aos hipermercados saindo da Boavista lá direitinho.

Ao segundo sinal serão 14 horas, 23 minutos e 43 segundos.

Ao terceiro sinal, Ana Marques dirá, em directo, na SIC, que anda a fazer de conta há uns anos. E revelar-se-á, de cavalo, como o cavaleiro da fome. Os assistentes rirão e Ana irá almoçar.

Ao quarto sinal, a dívida estará paga.