25.9.05

Furacão Rita



O poeta não é cobarde
O poeta arde
O poeta grita na fractura infinita
O poeta desenha
O lema, o mote, a senha,
O poeta não concorda
O poeta acorda
O poeta brada ainda
O poeta desavindo
O poeta é de esquerda
O poeta talvez perca
Mas o poeta não se rende
O poeta não se vende
O poeta está presente.

de Eustáquio Pinho, O Meu Verão É Cego, Anadia, 2005