Um
A decadência permite
Um estorvo à mediocridade
Atrapalha o progresso
Impede o brilho
Mas sempre salvaguarda o
Amor próprio
Da indecência e da
Percaridade
A decadência pode mesmo
Tornar-se moda
Se for tomada por bricadeira
A decadência é uma maneira
De regressar ao passado
Falhado ao lado
Os erros do futuro
E o mesmo que foi fado
Decadente, eu?
Concerteza. Pelo menos
A olhos teus.
de Eustáquio Pinho, Devemos, deouvimos e delemos, Stockwell, 2005
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