Falhou??
Andam para aí uns idiotas (nem sequer vou pôr links, mas basta dar uma volta pela net) que dizem que o atentado de Londres falhou, porque só matou 37 pessoas, menos que o de Madrid e o de Nova Iorque.
Com isto, justificam que o terrorismo está mais fraco e que não é necessária uma reacção brutal dos EUA e/ou do RU contra povos e Países que não se provaram culpados.
A somar a isto tudo, corre a teoria da conspiração (FDR, é contigo...), onde se conta que o ex-PM israelita foi avisado que ia haver atentado e, ainda que próximo do lugar das explosões, se safou, porque não apareceu não-sei-onde...
Epá, desculpem lá, mas:
Falhou? 37 mortos e 700 feridos (à hora que escrevo) e Falhou? Mas o sucesso é o quê? Acima dos 1000 mortos? Um número redondinho? A Roda Gigante da British Airways a rolar Tamisa abaixo, ao estilo Doctor Who? Mas Falhou onde? Não rebentaram as bombas ao mesmo tempo? Queriam mais tragédia, para poderem dizer que os EUA estavam errados e pimba, outra vez contra o Bush?
Onde é que anda o bom senso, senhores?
É que já farta:
- O discurso anti-imperialista dos neo-trotsquistas, dos neo-revisas, dos revisas, dos ml que se esqueceram das bases do ml;
- O discurso anti-capitalista sem que o do socialismo se distinga;
- A paz pela paz, numa visão interesseiro-romântica de que não há gente má no mundo, há é uns sem sorte (eu apresento-vos uns tipos porreiros, se quiserem);
- A argumentação a favor do "povo árabe". Deixem lá o "povo árabe", que esse "povo árabe" só quer é que lhe deixem a moleirinha em paz. Os árabes têm tanta culpa do Bin Laden como eu tenho culpa do Ratzinger. Mas se o Ratz fizer asneiras, não quero nenhum líder de opinião "árabe" a dizer que é preciso proteger o "povo ocidental" ou "povo luso" do terrível Papa Benedito XVI.
- E, depois disto, irrita-me ainda mais a direita imbecil, que só vê armas e canhões. E mais me irrita a esquerda não ter respostas, só slogans para colar em cartazes contra os G8, o IP5, os B52, ou qualquer coisa que junte letras e números.
Razão tinha o Pinheiro de Azevedo. Dass!
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