26.11.04

Portugal dos pequeninos

(mail à moda do Gato Fedorento que anda por aí a circular feito louco)

«O que aconteceu foi que eu estava em Belém na inauguração da maior árvore de Natal da Europa, sim, repito: da Europa, porque nós quando fazemos as coisas é em grande, e virei-me para um turista que lá estava e disse-lhe:
- Lá na tua terra não tens disto pois não? A maior da Europa, a MAIOR!
E o gajo vem com uma conversa... que não sei quê, que "no meu país preferimos gastar dinheiro em outras coisas, por exemplo a evitar que rebentem condutas de água que levam ao abatimento do solo e dessa forma prejudiquem milhares de pessoas" mais não sei quê e mais o camandro! E eu, que até sou um gajo que, épá, tenho uma facilidade na exposição de argumentos, não é?, não me fiquei e disse-lhe logo:
- A maior da Europa! Toma! Embrulha!
E o gajo começa a falar que não sei quê, que lá no país dele "quando começa a chover as zonas ribeirinhas não ficam inundadas e que talvez fosse melhor que em vez da árvore o dinheiro fosse canalizado para evitar essas situações" e ai... Eu comecei a enervar-me e disse ao gajo:
- Mau, tu queres ver que nos temos que chatear? Eu estou aqui a expor argumentos que, épá, sim senhor, tás a ver?, e tu vens com essa conversa de não sei quê e não sei que mais. Eu nem quero começar a falar na feijoada em cima da ponte nem no desfile de pais natais, porque senão nem sabias onde te metias, ó pá.
E o gajo começa a falar de uma coisa qualquer tipo túneis que são construídos e ficam a meio e não sei que mais e eu virei logo costas... Porque quando eu vejo estes gajos, pá, que não conseguem aceitar a superioridade de um país, não é?, e ainda falam, falam... falam, falam... falam, falam... e não dizem nada... eu fico chateado, claro que fico chateado!»

ADENDA: A VERDADE DA MENTIRA
Avisam-se os senhores utentes que, ao contrário do que anda para aí a ser espalhado e que muito nos agradaria e encheria o ego, este texto não é da autoria dos The Galarzas. Esta bela prosa foi-nos enviada por um e-leitor anónimo que não se quis dar a conhecer e que nem sequer fazemos ideia quem seja. Ao autor, as nossas sevícias. Ao nosso e-leitor desconhecido, idem aspas. Aos Gatos, as nossas bolas de pelo. Aos e-leitores embarretados, os nossos humildes engrandecimentos e devidas apologias. Ao geral, as nossas estimadas melhoras.