Desabafo de um pai chocado...
...no seu blog babado:
«Há milhares de famílias em Portugal que tiveram que passar pelo drama de ter um bebé prematuro. Durante meses estiveram à cabeceira da encubadora sem poderem agarrar o seu filho, sem o poderem beijar, à espera que ele crescesse e tivesse força para encarar o mundo. Para essas famílias, a chegada de um novo membro é lembrada com angústia. Foi um período que preferem esquecer. Que passou. Uma batalha que venceram... Os que a venceram...
Esta razão basta para dizer que utilizar a metáfora de um bebé prematuro, que é pontapeado e agredido "pelos irmãos mais velhos", para caracterizar o mau estado em que está o Governo, não é só um acto de mau gosto. É um acto de uma inqualificável falta de sensibilidade. De falta de bom senso. De falta de respeito. De falta de educação. De falta de moralidade.
Mas foi o que o primeiro-ministro Santana Lopes fez ontem, em Vila Pouca de Aguiar.
Mas há mais... Todos os anos morrem centenas de crianças vítimas de maus tratos. Esses maus tratos acontecem maioritariamente no seio familiar. Basta lembrar o caso da pequena Joana, no Algarve...
E no entanto, o nosso primeiro-ministro achou que a melhor maneira de nos dizer que está a ser pressionado, que não tem condições para governar, era comparar-se a um bebé numa encubadora a ser violentamente agredido "pelos membros da sua própria família".
(...) Mas este tipo de falta de consciência, de falta de seriedade, ofende. Muito.»
Assina o papá, depois de um último pedido:
«Quando anunciou ao país que iria dar a Santana Lopes a possibilidade de ser Primeiro-Ministro, o Presidente da República garantiu que ia estar vigilante. É por isso ao Dr. Jorge Sampaio que eu peço: dissolva este Governo. Penalize estes governantes. Em nome de todos os pais e de todos os bebés prematuros. Em nome de um país que não pode, não aguenta mais, este nível de insulto, este nível de alarvidade política. Um país cansado da boçalidade e da mediocridade intelectual que Santana Lopes trouxe à governação.
Em nome de Portugal, demita-o.»
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