Analogias de Bagão, parte I
Disse Bagão que «governar o Estado é como governar uma casa». Uma epifania que a malta mais velha se lembra de ter ouvido nos idos de '28 ao dr. António de Oliveira, o Botas.
Apesar da falta de originalidade do actor de Tráfico, Bagão inspirou-nos, naquela sua voz de paróquia em conversa de família, para que outras analogias fosse criadas. O objectivo é explicar ao estúpido do povo, que até agora ainda não tinha percebido isso da casinha e do défice, os graves problemas do Estado. Assim sendo:
Listas de Espera na Saúde - São como as testemunhas de Jeová: não nos livramos delas e aparecem sempre mais.
Submarinos - São como a iogurteira que comprámos nos anos 80: não têm utilidade, mas nunca se sabe quando pode fazer falta...
Segredo de Justiça - Toda a gente sabe que o senhor do 5º Esquerdo anda com a miúda estudante da Cave Dt.ª, mas não fica bem dizer assim a todos, com um cartaz. Diz-se só um a um.
Aumento das Pensões - É como o autoclismo que pinga, pinga, e nunca é arranjado, apesar de se prometer a si mesmo que deste fim-de-semana não passa.
Pacto da Justiça - Ora, se o gajo de cima faz barulho com o martelo logo no sábado de manhã e você se vinga com música em altos berros até às três da manhã, não seria de tentar que ele martelasse só à noite quando você ouve música? É um acordo, está-se a ver, fácil. Está-se a ver, coisa pouca...
Presidente da República - Todos nós temos um buda em casa. Mas dizem que só faz o bem aos donos do apartamento se ficar num local onde não se veja.
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