O off do Octávio
As cassetes do Octávio
Gravadas em dolby digital
No auto-rádio pela manhã
São um prazer fundamental.
Sem segredo nem justiça,
Quem se segue ao Adelino?
Coitado, ninguém o salvou
De falar muito com pouco tino.
A culpa foi do off do Octávio
Qual machado impiedoso, frio
Sobre a cabeça desamparada
Já fora do judiciário corropio.
Apreenda-se o mais possível
Foram as ordens do tribunal
E ninguém escreva uma linha
Até esquecermos o principal.
Godofredo Freire
[in "(In)justiças lusitanas", Alfarrabistas Anónimos, 2004]
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