11.7.04

Poema de Mestre Nestor Alvito

Sem Dias

A poesia morreu
Desceu triste numa lenta madrugada

A face foi-se
Fechou-se enfim numa tarde descansada

O coração parou
Bateu mais forte numa última chamada

A vida perdeu
Ficou à solta, meio louca enjaulada

Sem poetas para tecer uma cantada
Sem dias para contar à desgarrada
Sem futuro para escrever esta cartada

(inédito de Mestre Nestor Alvito - regressado do exílio literário por via das nuvens negras se avizinham - em homenagem a Sophia, Henrique e Maria de Lurdes)