Aquele abraço
O desalento
A contento
Entra agora nas portas
E postigos
Choram lusos,
Todos Figos,
Vão de pranto
Bradam bosta
Costinha, Maniche
Rui Costa;
Na linha lateral
Com a bandeira
Já fraldada,
Olha sem perdão
Portugal,
Mátria violada.
Felizmente evitámos
Com galhardia enfastiada
Uma maior cabazada.
Mas as santas dirão
Se amanhã não volta
C'oa força das naus e das ondas
A grande depressão.
de Eustáquio Pinho, Sal Temos, Bucareste, 2004
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