Ó Pacheco, e entrega o cartão?
Não é costume cá da casa comentar a blogosfera, pois que nos incomoda severamente o lambe-botismo que se instalou entre autores blogueiros, cujo único objectivo é terem lá embaixo no contador os números a subir em flecha, não importa a inteligência, a argúcia ou a qualidade. O integralismo lustiano blogal chega mesmo a irritar-nos ao ponto do menosprezo. Se por vezes citamos ou damos espaço a outros blogues é porque estes têm a amabilidade de considerar que este The Galarzas tem algum sentido - Deus, como se enganam - ou porque há mesmo coisas boas ai a passear.
Feito o considerando, e destilado já o ódio noctívago, este Galarza tem uma inquietação, que se prende exactamente com um blogue, daqueles mais vistos, que marcaria presença no velhinho TNT, o Abrupto de José Pacheco Pereira, militante do PSD.
Pacheco Pereira brada «Pobre País o nosso» nos mais recentes escritos que lança para a internet. E o que escreve merece observação de lógica. Mas o que Pacheco Pereira ainda não disse é que este Galarza gostava de saber: se o PSD não der ouvidos à sua mui lógica e até aplaudível proposta de caminho, considera o ex-eurodeputado que este partido já não é o seu? Isto é, um PSD que se esconda atrás de Santana ou outro qualquer, sem ir a congresso, para manter o poder, pode sustentar um militante como Pacheco?
Ou, numa pobre ironia, o que José Pacheco Pereira propõe é apenas o impossível, a "quadratura do círculo"? E aceitará Pacheco Pereira o cargo na UNESCO se Portas mandar nos Estrangeiros? E que pensa, de facto, o ex-eurodeputado do golpe de rins, quando vê Santana Lopes a "negociar" com Dias Loureiro?
Numa frase: até agora, o escrito merece apenas um "apoiado". Mas, explicada a tese e a antitese, que síntese faz?
Seu,
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