10.2.04

A questão do aborto

The Galarzas recordam um poema, que foi alterado na sua origem, sobre a questão:

Já aborto não sou!... À tina escura
Meu estro vai parar desfeito a tempo...
Eu aos céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura:

Conheço agora já quão vã figura
Em prosa e verso fez meu louco intento;
Tusa!... Tivera algum merecimento
Se um raio da razão seguisse pura!

Eu me arrependo a língua quase fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som ginecológico corria;

Outro Cretino fui... A santidade
Manchei!... Oh! Se me creste, gente limpa,
Rasga meu ventre, crê na eternidade!


(Original de Barbosa du Bocage, com leves traços de Ébrio de Sousa)