Não podia o ano arrancar sem...
um poema de Mestre Nestor Alvito:
Fadas Negras
Russos folclores de cordas atadas
Ao pescoço de doces virgem aladas
Morrem na noite de horas passadas
Na vibração de terras terramoteadas
Esta é a hora de vidas mudadas
Em torno de tornos, torneiras pingadas
E olhos que vêem belas fisgadas
Para as tornar donzelas castradas
Carnes humanas, carnes esventradas
Nas ruas de cidades mal alcatroadas
Armas escondidas mas pouco caladas
Revelam a morte à sombra das fadas
(in Versos em Forma de Versos, Edições Jesus Em Teu Ventre, 1974)
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