26.1.04

Afonso, praça!

Corda de Boa Hora

O magala
Escreve à família
À coca da precária
Com traça de traço
Esgalha pessegueiro
Embotijado

Rachada,
Detesta maçaroca,
Vence parnau
Na quina
Onde usa a papadeira
Anda na rebaixolice
Com calaceiro do bairro

Por calhoada
E por estarem ambos
A pôr-se a fancos
Perderam a pitorra
E vai de pitocar
Antes de emborcar
O quartilho do roxo

Ela teme a tanoa
Mas crê que o Chico,
Tinegra de timbales duros
Não fique cona de unto
E que ela coma linguiça
Sempre que tenha gana

de Eustáquio Pinho, Burundanga e Prosa, Barcelos, 1996