Tragédia de amor do furriel Alípio
Minh'alma tem estacão
Minh'alma passa estere
Do fundo do coração
Dou-te a mão, mulher
E o empedrado brilha
Ao codorno dos
Algerozes
Caleira feroz da paixão
Lisboa
Teu fado engalfinha
Esgarabulha-me a alma
Troante passagem
Pelas curvas ácidas
Dos nãos
Teu veu, ventre aberto
Batel sem rasgo ou
Movimento
Nau que drapeja
Sémen e rebento
Ao cotovelo do mundo
A contento
Alimentarás um só desejo
O de negar-me um dia
O dia
Em que te não vejo
de Eustáquio Pinho, Varicela de cores, Montevideo, 1995
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