21.12.03

Sapiência

Nem um sapo
Chega pela sombra
De charcos e pântanos submissos
Que me chamam para o seu lado
Neste noite de chuva sã
Que lava a minha face

Nem um sapo
Me ilumina
O caminho tormentoso
Que me aparta de casa
E me aproxima da morte
Por mais tempo que queira

Nem um sapo
Vi eu esta noite
Nem um sapo
Nem uma rã

(de Mestre Nestor Alvito, in Lotaria Popular, Edições Jesus Em Teu Ventre, 1977)