Natal Assassino
Era uma noite fria
A neve pintava as ruas
E as gentes em casa comiam
Mas na rua deserta
Uma sombra acordada
Buscava uma visão perversa
Um pai natal de vermelho
De sangue quente e mordaz
De faca na mão para espetar
Em almas tristes e sós
Que o natal não acompanha
Em sonhos de famílias unidas
Foi uma noite de natal
Como há muito não se via
Nem nunca o menino Jesus sonhara
Na manhã de natal
Os jornais só contavam
A história do pai natal assassino.
de Mestre Nestor Alvito (escrito numa noite de bebedeira no Natal de 1975, para inclusão numa colectânea de poemas de Natal, mas recusado pela editora, devido à sua perversa mensagem)
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