13.12.03

De Mestre Trovador Ruy de Vasconcellos

O nosso amigo leitor José Pedro Vasconcellos enviou-nos novo mail com talvez a única Cantiga de Amigo escrita pelo seu parente Mestre Trovador Ruy de Vasconcellos, e que reza assim:

Cantiga

dessa tarde tão falada
onde se deu tal garfada
na boa da feijoada,
descubro os meus amigos,
de barriga anafada,
mostrando reais umbigos

tal visão é digna de ter:
toda a gente a comer com prazer,
até mesmo com Quarto a prever
um atraso bem previsto;
até se me apetece dizer:
meus senhores, mas o que é isto?

ora então vamos lá a saber:
das pessoas que se juntaram a comer
houve alguma que julgasse não poder
enfardar tal repasto?
pois que a mim me foi dado ver
que até rapavam o tacho!

Primo sentado servia;
Terceiro com gosto comia;
Quarto olhava e bebia;
o Quinto desta vez faltou;
o Cesto fez-lhe companhia;
mas Septeto não destoou!

Octavios disse presente;
Optimus tinha o cu quente,
na sua cadeira de gerente;
até o Galarza Ribatejano
lá quis ir dar ao dente:
meus senhores, cá estou pró ano!

assim se fez o almoço
logo a seguir pequeno troço
até ao café do poço
onde uma jovem rapariga
não tirava os olhos de um moço
ui!, temos cantiga?


Os The Galarzas prometem breve e a seu tempo a publicação de outras trovas de Mestre Ruy.

Os The Galarzas aproveitam para pedir a todos os três leitores que tenham antepassados trovadores que nos enviem as suas trovas, para publicação.