Braseiro
Sós
Fiz-te fogo às cinco
Fiz-te arranjo depois
Deixei arder
Afaguei o cão
Fui regar
Alimentei três coelhos
Apalpei as tangerinas
Afastei a talha da azeitona
Fechei as galinhas
Voltei ao lume
Separei das chamas
O braseiro
Levei brasas na mão
Numa braseira com arame
Em forma de pega
À noite
Olhei para ti apaixonado
Ali, como eu, sentado
Que interessa se morremos
Se ainda a alma nos aquece
Nestes Dezembros
O braseiro
de Eustáquio Pinho, O Vácuo no Hipotálamo, Azervadinha, 1977
<< Home