7.11.03

(regressa o) Poema de Mestre Nestor Alvito

Lá longe cantam os rios

Lá longe cantam os rios
Cantigas de amor dormente
Lá, onde se põem os ovos
De uma galinha doente

Lá longe saltam as estrelas
Por muros de água e sal
Lá, onde nascem as cerdas
Entre as brumas do canavial

Lá longe ficam a sonhar
As poucas boas conquistas
De minhas curtas vistas

Lá longe ouvem-se as pistas
Mas não se ouvem repicar
As ondas do teu doce mar