E um poema de lui même
Amigos, amigos, Badajoz à vista
Há uma canção
Uma canção de amigo
Que nos empurra
Para fora do umbigo
Há um Talião
Que nos escreve o verso
Esse Idálio Juvino
Devia estar preso
A sua identidade
É insalubre, viperina
Já cá veio a casa
Partir-me uma terrina
Diz que não quer amigos
Que não valem para nada
Sinto logo nas costas
Valente e funda facada
Porque não escreves, Juvino
Sobre a madrugada atroz
Em que te dei fuga
De Elvas p'ra Badajoz?
Esqueces rápido, eu perdoo
Mas fica sabendo agora
De mim, nem mais um copo
Do vinho que a gente adora!
de Eustáquio Pinho, Veste Suína, Africana, Rabat, 1993
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