13.12.05

Gorgonzola e M.A.S.H.



Gorgonzola estava convencido: tomava por certo que os epítetos seriam retirados e Monsenhor Barbárie claudicaria.

Manuel Alegre, pelo menos, tinha dito que demitia João Jardim. Louçã apareceu como se fosse um Freitas do Amaral, com aquele discurso final de quem vai chorar de alegria e, no fundo, está apenas a empolgar-se consigo mesmo.

Tão duro. A saliva já não lhe repousa nos lábios. Cavaco tem um aspirador de cuspe, note-se a palavra, cuspe, dentro das bochechas.

Que desinteresse. Sabes que descobri um gel lubrificante que faz puff, puff? Ainda não usei. Melhor, usei outro dia para fazer a barba, porque se me tinha acabado a espuma da barba.

Este Dezembro é tão tristonho. Preciso de uma televisão maior, onde consiga ler legendas. Ainda ontem estive a ver o M.A.S.H. e parecia eu um daqueles velhinhos, os óculos na ponta do nariz, o rabo na ponta do sofá, a olhar para a imagem 16:9 na televisão 4:3 de 37 centímetros. Nem li consoantes nem vogais. O que vale é que mesmo em som mono o Donald Sutherland tem uma boa dicção.