8.9.05

Super Naif

Erlende Loe, Naïf.Super.

«Acredito na purificação da alma através da brincadeira e do divertimento.»

Há livros assim. Inexplicáveis. E inexplicavelmente cativantes. Naïf.Super. é um desses livros. Impossível de resumir. Impossível de rotular. Simplesmente apaixonante. Um livro que fala de forma simples de coisas complicadas, pela voz de um narrador sem nome, ingénuo e engenhoso, com dois amigos (um bom e um mau), um fax, uma bola, uma tábua de martelar, muitas listas, um livro sobre o tempo, muitas perguntas e uma viagem a Nova Iorque com o irmão. Um livro sobre o sentido da vida, a importância da amizade, o excesso de informação e namoradas. Um livro só aparentemente naif, absurdo só à superfície, tão melancólico quanto delirante e verdadeiramente encantador. Obrigado, senhor Loe.

«Nos últimos dias não tenho feito praticamente mais nada senão martelar. Tenho martelado de manhã à noite. É uma excelente actividade monótona que me enche de alegria. Os pensamentos param. Estou muito grato à Brio.»